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Um estudo do pesquisador Erik Landhuis, da Universidade de Otago, em Dunedin (Nova Zelândia), publicado na revista americana Pediatrics avaliou mil jovens de 15 anos e comparou o tempo que ficavam na frente da TV vê com a capacidade de se concentrarem. Quando esses adolescentes tinham entre 5 e 11 anos gastavam em média duas horas por dia assistindo à tevê. Entre os 13 e os 15 anos essa média subiu para três horas diárias, e foi o suficiente para aumentar em 40% os problemas de atenção. O autor sugere que a tevê hiperestimula o cérebro e faz com que se perca o costume de prestar atenção em atividades que exigem uma concentração maior, tais como ler, jogar xadrez ou assistir às aulas. Assistir à tevê, prossegue, faz com que a criança se sinta atraída pelo aparelho a ponto de criar um grau de dependência. As conclusões de Landhuis independem de fatores socioeconômicos, dificuldades de atenção no início da vida ou nível de inteligência dos adolescentes. O que acontece, segundo o autor, é que o cérebro aparentemente fica entediado com atividades mais simples e procura cada vez mais atividades que o estimulem nos mesmos níveis que a televisão. E tais efeitos são irreversíveis. O pesquisador acompanhou esses jovens até os 33 anos e mostrou que os problemas de atenção continuavam a existir apesar da passagem do tempo.
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