Minha postagem neste blog foi reproduzida no Brasil247 e no blog do Luis Nassif, o que é mais que ótimo. Quem escreve quer diálogo.
Mas o mais interessante foram alguns comentários que colhi nas duas publicações. A crítica maior é relativa à passagem onde afirmo que a aliança Marina/Campos dialoga com os jovens rebeldes das manifestações de junho. Interessante como esta perda de controle das ruas afeta alguns segmentos político-partidário. Algo que mexe com desconfianças e temores inconfessáveis.
Os dados são mais que conhecidos.
Pesquisa do Datafolha realizada no dia 20 de junho, entre manifestantes paulistas, indicava Marina como segunda na preferência dos jovens rebeldes, para as eleições de 2014. Aparecia em 22% das citações, apenas superada pelo não/talvez candidato Joaquim Barbosa (com 30% das citações). Alguns poderiam afirmar: "mas aí não vale, era só paulistano".
Ok, então vamos para BH. Pesquisa do Instituto Innovare realizada entre os manifestantes do dia 22 de junho em Belo Horizonte gerou resultado semelhante: Marina foi citada por 18,6% dos manifestantes como endereço de seu voto em 2014, atrás do não/talvez candidato Joaquim Barbosa, com 26,4% das intenções. A Presidente Dilma aparecia em terceiro lugar, com 14,2%. Vale lembrar que 40% dos manifestantes disseram que votaram em Dilma, em 2010.
Desconheço outras pesquisas com rigor técnico realizada entre manifestantes a respeito deste tema.
Portanto, há registros de tendências de diálogo (podemos até citar um diálogo entre surdos) entre Marina e os jovens rebeldes. Pontes, identidades. Se passageiras, somente novas pesquisas poderão confirmar. Mas há.
Neste caso, o que me instiga é entender o motivo para críticas raivosas à mera citação desta realidade. Alguns perguntaram se eu sonhei ao fazer tal afirmação. Pois é. A pergunta parece um ato falho. O sonho de quem não quer ver tal possibilidade muitas vezes encobre a capacidade de enxergar.
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