quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Políticos a beira de um ataque de nervos


O início de ano parece dos mais estranhos na nossa política. No campo formal, todos partidos parecem em compasso de espera, com olhar temeroso pregado no rosto. E todos parecem blefar o tempo todo. No campo governista, os cortes orçamentários e de crédito criam a possibilidade de impopularidade. E, obviamente, todos tentam se precaver, nem que seja necessário utilizar o evidente não-aumento do salário mínimo para além dos 545 reais, como sua maior - e única - bandeira. Lula entra em campo justamente para criar a avalanche de popularidade contra o que afirma ser oportunismo. Na verdade, todos tentam se safar de uma realidade muito distante daquela do final do último mandato presidencial.
No campo da oposição... ah, a oposição! Se acostumaram tanto a ser oposição que começam a usar seus aliados como sparring. Não se acertam. Começaram o ano criticando Lula, que entrava em férias. Aos poucos, começaram a aprender a criticar o governo Dilma. Mas aí, racharam. Dem rachado, PSDB rachado, anúncio de formação de novos partidos (todos tendo como líderes os oposicionistas ao lulismo), um caos no quintal.
E aí poderíamos achar que o cenário é propício para a ascensão da pauta de organizações populares. Ledo engano. A reforma política foi capturada de vez pelos políticos profissionais. O Senado escala Aécio Neves, Itamar Franco e Fernando Collor para assumir a comissão que tratará do tema. E a sociedade civil fica olhando de fora.
O Brasil é, hoje, o inverso do Egito.

Um comentário:

MARCOS BICALHO disse...

2 oligarcas, produtos de marketing e manipulação da comunicação ( Collor e Aécio ),e um oportunista profissional maluco, pai não reconhecido pelo Plano Real, o filho desnaturado. Vai dar m...... mas a imprensa vai ter orgasmos exponenciais.