Mangabeira Unger fez uma exposição, digamos, inédita. Sugeriu uma peculiar divisão de classes no Brasil:
a) classe média tradicional, branca, que sugere cópia do modelo europeu ou norte-americano de sociedade, agente política decisivo para a história do país, baseada no emprego público e profissões liberais;
b) classe média emergente: negra ou parda, que sustenta a auto-salvação individualista, empreendora, baseada no mercado formal e também informal;
c) massa pobre: "ralé", cuja maioria é composta por mulheres;
d) os "batalhadores": pobres e empreendedores, que possuem dois ou três empregos, subjetivamente vinculada à classe média emergente e objetivamente vivendo como ralé.
A partir desta definição, sugere forte apoio governamental à micro e pequena empresa e foco no fomento à ascensão dos batalhadores. Criticou a "capacitação" do bolsa família porque não acredita que a ralé consiga se beneficiar do conhecimento para ascender (necessitaria de apoio primária para atingir tal patamar).
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