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Não é bem contra Lula que a grande imprensa brasileira se voltou para atacar. É contra seu futuro. A grande imprensa brasileira se comporta como aquelas senhoras idosas que procuram driblar o tempo com operações plásticas que as transformam em algo que se distancia da humanidade. A maquiagem de formato e tamanho de textos não resistiu ao ano da eleição presidencial. A linha editorial, aquela que revela a alma e a idade mental, caducou. O equilibrismo entre a notícia e a opinião é o centro do profissionalismo de um editor. Mas em 2010, o pêndulo ficou evidentemente com a opinião. Editar fotos e manchetes por este prisma foi o momento mais triste e anti-profissional da imprensa brasileira. Não tenho certeza se esta lição vai gerar mudanças, tímidas que sejam. Mas me parece questão de tempo que o bumerangue que tirou Cláudio Abramo das editorias vai retornar sobre a cabeça de seu algoz.
Feliz 2011 para os leitores de jornais!
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