domingo, 14 de novembro de 2010

Lutas populares em Belo Horizonte


Há certa agitação na capital mineira em virtude do que algumas lideranças sociais vêm denominando de possível "palco de um verdadeiro massacre". Exageros a parte, a tensão envolve as comunidades Camilo Torres (Barreiro), Irmã Dorothy I (Barreiro), Irmã Dorothy II (Barreiro), Conjunto Águas Claras (Barreiro), Dandara (Céu Azul), Recanto UFMG (av Antônio Carlos) e Torres Gêmeas (Santa Tereza). O tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou que a Polícia Militar despejasse as famílias que moram nessas ocupações. As famílias ocupantes afirmam que essas comunidades foram construídas e organizadas em imóveis e terrenos que estavam completamente abandonados, com grande dívida de impostos e sem cumprir a função social da propriedade (citam a Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso XXIII).
Existem, segundo dados destas lideranças, 22 mil pessoas em situação semelhante em Belo Horizonte envolvendo, além das comunidades ameaçadas pelo despejo, comunidades da Vila da Paz, Vila da Luz, Conjunto União-Serra Verde, Novo Lajedo, Vila São Bento, entre outras. Sustentam que o déficit habitacional na região metropolitana de Belo Horizonte é de 173 mil unidades (dados atribuídos à pesquisa da Fundação João Pinheiro).
A situação do prefeito Márcio Lacerda já não é muito boa. Agora, ao anunciar a reforma administrativa que deverá diminuir os espaços do PT na sua administração (já se preparando para a tentativa de reeleição) a oposição será mais ferrenha.

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