terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O peso das greves em ano eleitoral







Antonio Costa/Gazeta do Povo
Antonio Costa/Gazeta do Povo /
Curitiba está hoje sem transporte público. Nos próximos dias, vai enfrentar uma “vigília” de policiais militares, um sinal de que eles também podem entrar em greve. O mesmo pode ocorrer a partir de amanhã com a polícia civil.
Paralisações como essas desestabilizam a vida da população e mostram um confronto entre o poder público e seus servidores – sejam eles diretos, como os policiais, ou indiretos, como os motoristas e cobradores de ônibus.
Apesar disso, são um instrumento legítimo (desde que sejam realizadas dentro dos parâmetros legais).
A questão é a realização das greves na abertura de um ano eleitoral. Com certeza, isso pesa a favor dos grevistas.
Em Curitiba, por exemplo, uma possível paralisação da polícia atingiria a imagem do governo do estado e, por consequência, do pupilo de Beto Richa (PSDB), o prefeito Luciano Ducci (PSB). Já o caso envolve Ducci diretamente.
O ônus, por outro lado, tem um bônus. Negociações bem sucedidas podem ser favoráveis aos governantes. Na Bahia, o governador Jaques Wagner (PT) ainda saiu-se bem por jogar duro contra os policiais.
Será que é isso que vai se repetir no Paraná? Vale lembrar que qualquer movimento é arriscado. Ainda mais porque faltam só oito meses para a eleição.

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