terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Dilma se reúne nesta terça-feira com conselho político



A presidente Dilma vai se encontrar com os presidentes e líderes dos partidos que juntos formam o conselho político
Foto: Gustavo Miranda / Arquivo O GloboHoje a Presidente Dilma se reúne com partidos aliados para pedir a aprovação do Fundo de Previdência dos Servidores Públicos. Além deste tema explosivo, resolveu caprichar na pauta e incluiu o Código Florestal e a Lei Geral da Copa Mundial de Futebol nesta agenda. Não entendo a lógica de Dilma. A base aliada está irritada. Marco Maia está irritado (veja a matéria do jornal O Globo, abaixo). O que faz a Presidente se arriscar? Cederá? Está se antecipando à crise internacional a partir do caos social que se instala na Grécia e que já atinge politicamente o governo alemão? Aproveita a onda de popularidade (morna, digamos)? Tenta arrumar a agenda antes de entrar em discussão no Congresso? Vai entender...


A presidente Dilma vai se encontrar com os presidentes e líderes dos partidos que juntos formam o conselho políticoGUSTAVO MIRANDA / ARQUIVO O GLOBO

BRASÍLIA - Pela primeira vez neste ano, a presidente Dilma Rousseff se reunirá na terça-feira com o conselho político, integrado pelos presidentes e líderes dos partidos aliados. No encontro, a presidente vai reforçar o teor da mensagem enviada ao Congresso na abertura dos trabalhos do Legislativo: o governo não vai descuidar das contas públicas, mas o ajuste fiscal não atingirá os investimentos e os programas sociais. Nessa linha, Dilma vai apelar para a aprovação do Fundo de Previdência dos Servidores Públicos (Fupresp), em tramitação na Câmara.

A proposta poderia ter sido votada na semana passada, mas ficou para depois do Carnaval, por causa de insatisfações na base aliada com o baixo volume de liberação de emendas parlamentares ao Orçamento da União. Além disso, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), está irritado com o Palácio do Planalto, por não ter sido atendido no preenchimento de cargos federais. A liberação da emendas deverá ser abordada na reunião.
— O governo determinou a liberação das emendas, mas alguns ministérios não cumpriram. Já conversamos com a ministra Ideli  (Salvatti, de Relações Institucionais), e o governo vai cumprir o acordo com a base. Só precisamos ver como isso na prática se realiza — disse o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).
Na reunião, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai fazer uma apresentação sobre a situação da economia internacional e as perspectivas do país. O ministro vai dizer que o Brasil está melhor preparado para enfrentar a crise, mas vai alertar que os gastos públicos terão de ser mantidos sob controle.
— O governo vai seguir a linha da mensagem da presidente sobre desenvolvimento sustentável, controle dos gastos públicos, mas com a manutenção dos investimentos e garantia dos programas sociais — disse o líder do PT no senado, Walter Pinheiro (BA).
Além do Funpresp, o governo quer aprovar a Lei Geral da Copa e o Código Florestal.
— O fundo dos servidores é prioridade, mas é uma matéria complexa e será preciso uma melhor preparação na base. Eu não sei como está o clima na Câmara (para a votação). Nós do PMDB queremos votar, mas sei que há uns questionamentos da base — disse Henrique, lembrando que o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, é do PMDB.
Os aliados prometem levantar na reunião a questão da segurança pública, motivados pelas greves de policiais na Bahia e no Rio. Segundo Pinheiro, mais do que a questão salarial, será preciso discutir a estrutura da segurança no país.
— Não acho que a aprovação da PEC 300 será a solução — disse Pinheiro, referindo-se à emenda constitucional que estabelece piso salarial dos policiais estaduais
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