sábado, 8 de janeiro de 2011

Uma análise sobre a atual política paulista

Perguntei a um velho amigo, Rogério Leibovitz, economista formado na Unicamp e residente na região de Campinas, qual sua avaliação sobre a política paulista. Rogério tem espírito carioca e é flamenguista (flamenguista, informo aos incautos, é um quase-corinthiano que ainda não encontrou a Verdade). Portanto, alguém que antes de tudo tem humor. A resposta é tão interessante que achei que seria um crime privar os visitantes deste blog. Lá vai (com a devida autorização de Rogério):

Já não existe mais política paulista. O que você diria de um estado em que Geraldo Alckmin vence eleições para governador no primeiro turno? Na realidade entre mortos e feridos dos desmandos éticos do governo Lula salvaram-se muitos, mas poucos paulistas. De resto, se não bastasse, a Prefeitura da Capital foi parar nas mãos do DEM, representado pela figura "coisa-nenhuma" do prefeito Kassab. Fim de linha total. As duas "lideranças" que respiravam depois do mensalão no PT, Marta e Aloísio, trataram de cavar sua própria sepultura. Mercadante seguiu a sina de todo político frouxo. Parecido com o que comentei sobre a tucanada na oposição. O recuo do Mercadante no episódio do aliado José Sarney, foi uma das páginas mais vergonhosas da história televisada do Senado da República. Com esse agravante midiático...rsss Mercadante? Acabou. Agora vai viver de favor. A outra liderança, Marta, tem na sua biografia um adversário sui generis. Esse tipo de personalidade controversa, com vida particular pública, muita tinta no cabelo e muitas aparições fora de contexto, tem como efeito colateral sempre partir de um grau muito alto do que podemos chamar de "rejeição natural". O resto, os problemas pertinentes à política propriamente dita se encarregam de prover. Marta se salvou para o senado porque parece ter feito um governo, digamos, esperto, quando prefeita. Sendo assim sobrou a asséptica tucanada. Que não arrisca nada. Os grandes caretas da política nacional. Sem ousadia.

Tenho a impressão que eu e meus amigos não teríamos muito futuro na política.

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