segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
PMDB no Paraná
Apesar de meu médico recomendar repouso após a final do Brasileirão, vou postar algumas notas sobre a política do sul do país.
Santa Catarina transpira conservadorismo partidário. Mas, como tudo no Brasil, na prática a teoria é outra. Lá se desenvolve a melhor prática de controle social institucional que conheço no país. A primeira capital brasileira a implantar um observatório social (da sociedade civil, que faz auditoria nas contas do governo) é Florianópolis. Em Rio do Sul, governada pelo DEM, foi implantado o melhor mecanismo de transparência das contas públicas municipais do país (já noticiei isto aqui).
Paraná parece ainda mais confuso. Após a vitória, em primeiro turno, de Beto Richa (abandonado e surrado por parte de seus aliados, como é o caso de Ricardo Barros, do PP), o PMDB (até então governo) começa a se dividir. O presidente do partido por lá, Waldyr Pugliesi, apela publicamente para a unidade do partido. Metade dos peemedebistas deseja apoiar Beto Richa e a outra metade... bom, só Deus deve saber o que desejam. Richa convidou o deputado Luiz Cláudio Romanelli para ser Secretário do Trabalho, o que motivou ainda mais a disputa interna. Mas foi apenas a cereja no bolo. O fato é que o racha do PMDB também envolve a primeira-secretaria da Assembléia Legislativa. O partido disputa a vaga com o DEM (apoiado pelo PSDB). Para ceder, o PSDB teria oferecido a pasta do Trabalho para o PMDB. Beto Richa cita, ainda, outras duas secretarias com moeda de troca: Esportes e Planejamento. Se o PMDB bandeia para o governo estadual, deixa o PT sozinho na oposição á Beto Richa, o que deve criar problemas na composição federal, com o governo Dilma (onde exigem cinco ministérios).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário