Prometi completar meu relato sobre o seminário da FGV-RJ a respeito da nova classe média brasileira comentando a intervenção de Marcelo Neri. Fez um discurso fundamentado em teses liberais e que estavam muito próximos da leitura de Mangabeira Unger. Também me passou a impressão de estar na defensiva, procurando se explicar. Daí começar a apresentar que sua base conceitual não é o de estratificação social ou classes sociais, mas classe econômica. Citou o Critério Brasil e as fontes do PNAD (400 mil entrevistas anuais) como sua base de análise.
O que me pareceu insólito foi sua sugtesteão de entender a nova classe média como um "estado de espírito", fundada na intenção de subir na vida. E, a partir daí, sugeri a adoção do índice de felicidade futura como indicador importante de medida do desenvolvimento. Fiquei surpreso com a proposta. Mas ela tem relação com o discurso de Mangabeira Unger, que sustenta que a emoção/sentimentos sejam levados em consideração para ler as classes e indicar caminhos de fomento ao desenvolvimento.
Finalmente, definiu o perfil da nova classe média brasileira: afrodescendentes (de 2003 a 2009 cresceu 9% ao ano) e mulheres. Citou, ainda, o nordeste como celeiro da nova classe, registrando crescimento de 2% acima da média nacional, ao ano.
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