segunda-feira, 1 de agosto de 2011

EUA fugiu do calote, mas não da crise

A Câmara de Representantes dos EUA acaba de aprovar acordo entre republicanos e democratas. Agora o acordo vai para o Senado, onde Obama tem maioria. O acordo eleva o teto da dívida de US$ 14,3 trilhões para 16,4 trilhões. O governo pode, agora, contrair empréstimos para rolar sua dívida até 2013. Um novo comitê bipartidário no Congresso se encarregará de apresentar, antes do Dia de Ação de Graças, no final de novembro, um plano complementar que reduza o deficit em US$ 1,5 trilhão adicionais durante os próximos dez anos.

Entre a cruz e a caldeirinha

Mesmo que não haja o calote da dívida norte-americana, o país deve ser rebaixado pelas agências de classificação de risco, avalia Marcelo Mello, professor de Economia do Ibmec-RJ.

Haverá, assim, impacto negativo para a economia norte-americana. Além disto, o corte durante uma década atingirá despesas domésticas não imprescindíveis -dividido entre programas civis e de Defesa e que não afetará a Seguridade Social.

O impacto social já se faz sentir.  O americano médio deixou de consumir até carne, por exemplo, que ainda é barata no país e está custando US$ 5.50 o quilo (de alcatra). Em 2007 pagava-se US$ 3.10. A mudança de hábito alimentar está agravando a alimentação já de risco: mais fast foods, que são basicamente gordurosas e cheias de farinha de milho. O milho é subsidiado pelo governo e sai barato.

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