
Começo a leitura de Peter Esterházy, logo após ler Casares. O livro de Casares é realmente fantástico, como Borges tanto ressaltava. Já "Os verbos auxiliares do coração" é uma espécie de reflexão auto-biográfica tendo como pano de fundo a morte da mãe do autor (alguns analistas sugerem que este autor adota a biografia como matéria ficcional, já que em outro livro - "Harmonia Caelestis" - tratava de seu pai).
Não deixa de ser um diálogo com o Dia dos Pais.
Aliás, minha esposa não se cansa de afirmar que a relação pai-filho homem é das mais dramáticas da existência humana. Sempre reflito sobre esta observação. Há, realmente, certa competição surda ou cobrança velada ou sentida abstratamente. Algo mais profundo e contraditoriamente mais superficial e pueril que o famoso Complexo de Édipo. Talvez porque os homens levam mais a sério a competição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário