A Força Sindical de Minas Gerais se prepara para uma filiação em massa ao PSDB. O evento está marcado para 20 de agosto, na sede doPSDB de Minas Gerais, região centro-sul de Belo Horizonte, com as presenças do governadorAntonio Anastasia e do senador Aécio Neves, principais lideranças tucanas no Estado. Na ocasião, cerca de 130 dirigentes sindicais irão se filiar ao PSDB, conta o presidente da Força em Minas, Rogério Fernandes, que deixa o PDT - e a base do governo de Dilma Rousseff - para integrar os quadros tucanos. Ele diz que os dirigentes de 70 cidades deixam não apenas o PDT, como ele, mas também o PMDB e o PTB.
“Nesse primeiro momento serão filiadas 130 pessoas, dirigentes. O Brasil precisa avançar nas políticas públicas. Apoiei Aécio e Anastasia, mas é cedo para dizer quem vamos apoiar em 2014. A Força é plural. Não existe apenas uma corrente”, explica o dirigente. A Força em Minas reúne cerca de 200 sindicatos, com aproximadamente 30 diretores cada um.
No plano nacional, a Força é base do governo Dilma. Com a filiação em massa em Minas, a entidade sinaliza que parte da sua base está mudando de rumo. “São movimentos de apoio ao senador Aécio Neves. Entendemos ser importante para o PSDB olhar para a questão sindical”, diz o presidente do PSDB de Belo Horizonte, deputado estadual João Leite.
Apesar de negar a vinculação da filiação em massa ao projeto presidencial de Aécio em 2014, o dirigente da Força em Minas diz ser simpático à candidatura do mineiro ao Palácio do Planalto na próxima eleição. “Vejo com certa simpatia a candidatura do Aécio. Ele está se estabilizando e tem um projeto político viável para o País. O Estado arrecada muito e é ineficiente na aplicação dos recursos. O País deve muito à população”, avalia Fernandes. Ele conta que pretende criar um braço no PSDB mineiro, o PSDB Sindical, que já existe em São Paulo. Dirigentes do PSDB Sindical de São Paulo devem comparecer ao evento em Belo Horizonte.
Questionado sobre o impacto que a filiação pode ter na Força nacionalmente, o dirigente mineiro diz que Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente nacional da entidade e deputado federal pelo PDT, “respeita muito a pluralidade e não vai perseguir” os novos tucanos. Paulinho é parte da base aliada, é filiado ao PDT e tem muita influência no Ministério do Trabalho. A pasta é comandada por Carlos Lupi, presidente nacional da sigla. Paulinho foi procurado pelo iG e demonstrou surpresa ao ser informado sobre a revoada da Força mineira para o ninho tucano. Ele pediu para a reportagem retornar em uma hora, na tarde de sexta-feira (22), pois iria se inteirar do assunto. Depois não atendeu mais as ligações.
João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical no Brasil, considerou normal a movimentação da entidade em Minas. Ele disse que a Força não tem nenhum critério de direcionamento político e que é incentivada a participação do trabalhador em qualquer partido político. “O que garante a unidade são decisões em congressos, para debater apoios nas eleições municipais, estaduais e presidenciais. Isso não significa uma divisão na Força, pois possuímos muitos segmentos.”
2 comentários:
Bate um frio na espinha só de pensar no que está por trás dessa debandada. Prefiro esperar para ver. Mas acho que é muito barulho para pouco rojão. Parece que o senador tucano parte para o tudo ou nada. Só que ainda faltam três anos para as eleições, embora o pleito municipal esteja à porta. Portanto, muita água há de jorrar até uma definição. Particularmente, vejo com tristeza e nojo. Um partido que não sabe que é política social, massacra o servidor público, sobretudo o da educação... .
Esses movimentos Rudá, parecendo girar o leme todo à direita, ou ao centro ou até mesmo à esquerda, é até normal. Muitos anseiam por uma nova configuração do quadro político no Brasil e voce, caro amigo, conhece muito bem o movimento das marés e das luas que as provocam.O João mesmo disse que a Força é uma miscelânea de tendências..... e coisa e tal e que a unidade é construida por outra via, enfim, a coisa toda é uma Hidra de Lerna.
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