Do Estado de Minas:
Agressão a um aluno do Colégio Neusa Rocha, no Bairro São Luiz, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, deixou pais de estudantes assustados Na segunda-feira, G.V.F, de 15 anos, foi espancado por três colegas dentro das dependências da escola e, inclusive, chegou a ser ameaçado pelo grupo até durante uma aula de ciência, na qual o professor preparava uma exposição audiovisual. Dois agressores foram expulsos da instituição e vítima ainda reclama de dores, mostrando marcas orelha e na cabeça, machucados na boca e arranhados pelo corpo, devido aos chutes e socos levados.
Segundo o aluno, tudo começou quando dois colegas de sala, um de 14 e outro de 15 anos, resolveram bater em um outro jovem, por achá-lo “folgado e atrevido”. “Eles me chamaram para brigar com o menino. Não aceitei e fui a contar a ele o que os outros estavam querendo fazer, como forma de alertá-lo. Quando a dupla soube que contei, um deles colocou o dedo na minha cara e me ameaçou dentro de sala, durante aula de ciências. Ele ainda ligou, escondido, pelo celular, para outro colega, que estuda pela manhã, e o chamou para ir à tarde na escola”, conta G.V.F.
Ao acabar a aula, ainda dentro da escola, um dos rapazes empurrou G.V.F e tirou da mochila um soco-inglês de madeira, fabricado por ele próprio. “Estávamos no bosque do Neusa Rocha. Quando ele me empurrou e mostrou a arma, chegou o outro e me deu um soco perto do ouvido. Fiquei tonto. Chegou o terceiro e me deu um chute nas costas. Revidei com socos, mas me deram chutes na orelha, até a chegada do professor e do porteiro.”
Segundo o pai, que preferiu o anonimato, o adolescente foi levado à Divisão de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), onde foi registrada a ocorrência. Hoje, o jovem vai prestar depoimento. Ele esteve no Instituto Médico Legal para exame de corpo de delito. “Ficamos muito chateados com toda essa história. E se fosse uma arma de fogo? A escola não teve nenhum controle sobre isso”, disse.
No Colégio Neusa Rocha, funcionários disseram ontem que não havia nenhum responsável para dar informações sobre o caso. A mãe de um dos acusados de agressão e dono do soco-inglês, de 14 anos, disse que o filho não estava na briga. “Por um acaso, ele estava perto. Ele tinha mania de fazer soco-inglês de madeira, o outro acusado pegou da mão dele e agrediu G.V.F. Quem bateu foram os outros dois. Como foi ele quem levou a arma branca, ele também foi expulso. Estou em frangalhos”, disse a dona de casa.
A mãe do adolescente que estuda de manhã e foi chamado para a briga afirma que está assustada com toda a situação e que o filho estuda há 11 anos na escola. “Ele não é de confusão. Ele estuda em outro turno e, nem sequer, conhecia o agredido. Ele foi chamado para ir ao turno da tarde, porque o outro lhe disse que estava sofrendo ameaças. Ele foi suspenso um dia, mas já voltou para a sala de aula.” Procurada, a família do acusado de ter sido o principal agressor não foi encontrada.
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