As áreas de Educação e Defesa Social (Segurança) foram as que apresentaram melhorias, segundo indicadores do governo de Minas Gerais em 2009, mas Inovação, Tecnologia e Qualidade e Investimento e Valor Agregado da Produção foram os destaques negativos. Os dados estão contidos no Caderno de Indicadores 2010, compilação de 105 dados de gestão estadual de 13 áreas definidos no Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI). Por meio dos indicadores de desempenho, o governo monitora o desenvolvimento dos setores e a eficiência da gestão das secretarias respectivas. Índices setoriais podem ser incluídos ou excluídos em cada edição, dependendo de sua necessidade. Atualmente são 104 indicadores.
No ano passado, o governo mineiro divulgou o primeiro relatório com os resultados de sua gestão. Na área de Educação, a taxa de aproveitamento na rede estadual e pública de ensino fundamental e médio tem melhorado desde 2006. A proficiência média – que avalia o aproveitamento escolar do aluno mediante prova – aumentou tanto no Ensino Fundamental como no Médio. Usando como período comparativo os anos de 2006 a 2009, constata-se que o indicador “Proficiência média da rede estadual por disciplina avaliada” em matemática subiu 246,3 para 261,4 no 9º ano do Ensino Fundamental. Trata-se de uma melhora de 6,13%. No de Língua Portuguesa, o avanço foi de 242,7 para 252,1, vantagem de 3,87%. A proficiência média foi obtida pela somatória das notas dos alunos em cada série/ano e divididas pelo total de alunos avaliados nessas classes. No Ensino Médio, o indicador pulou de 274,6 para 284 no 3º ano de matemática, avanço de 3,42%. Em Língua Portuguesa, o indicador saiu de 267,6 e chegou a 274,8, crescimento de 2,69%. De posse dos dados, é possível avaliar as ações a serem adotadas, diz Guimarães.
A taxa de crimes violentos para cada 100 mil habitantes caiu de 366,2 em 2001, para 296,9 em 2009, uma redução de 18,9% na incidência de delitos. No mesmo período, a freqüência de crimes violentos contra o patrimônio caiu 17,4%, partindo de 301,8 e chegando a 249,1.Mas nem todos os números de Defesa Social mostram progresso. A taxa de homicídios para cada 100 mil habitantes saltou de 13,7 em 2001 para 17,2 em 2009, um incremento de 25,6%.
Tecnologia e produção tiveram desempenhos fracos
De 2001 a 2009, o número de contratos de exploração de patentes e fornecimento de tecnologia caiu de 28 para 10, uma redução de 64,3%. Trata-se de um indicador que mede a intensidade das empresas em buscar novas tecnologias ou conhecimentos para melhorar o processo produtivo. Outro indicador, o “Número de pedidos de patentes depositados no Brasil para Minas Gerais”, também reflete a deficiência em investimentos em tecnologia. Entre 2001 e 2008, o total de pedidos de patentes recuou de 556 para 529 (-4,86%). A produção mineira também teve desempenho fraco. Foi uma área que sofreu com o baixo desempenho da economia mundial e brasileira, disse Guimarães. Entre 2001 e 2009, a diferença entre as taxas de crescimento da produção física industrial de Minas Gerais partiu de -1,9 ponto percentual em relação ao Brasil, subindo para -5,7 pontos percentuais. Porém, no agronegócio, setor em que Minas tem forte representatividade, a participação mineira em relação ao resto do País aumentou de 9,5% em 2001, para 11% em 2009.
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