Já pensando no país em que vou me exilar, lá vai o decálogo do político mineiro:
1)A forma é sempre mais importante que o conteúdo. Fazer uma crítica com delicadeza ofende menos;
2)Não denunciar publicamente. Mineiro gosta de denúncia, mas desconfia de quem denuncia;
3)Política se faz no corredor. O que é público é sofrimento (velório, missa de 7º dia etc);
4)Lazer, só no Rio de Janeiro ou Espírito Santo (pode ser New York ou, no caso de ser valadarense, Boston);
5)Sempre falar da mãe, do pai ou do avô, de quem terá herdado algo;
6)A política concreta se faz por meio de “operadores da política”. O líder nunca se expõe e sempre deve aparecer como vítima, nunca como algoz;
7)Ter boa relação com a maçonaria e com a igreja católica. Na dúvida, dizer que torce para o América;
8)Partido político é um detalhe. Em Minas, todos são “amigos”, têm algum parente próximo ou vai ter;
9)Em Minas, o silêncio fala mais que a boca;
10)Nunca responder a qualquer crítica, nunca passar recibo de nada, nunca gargalhar (qual o motivo para ser tão feliz?).
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