sábado, 15 de maio de 2010

Eleição no Rio Grande do Sul

Reproduzo parte da análise publicada como matéria principal do site Sul21:

Na corrida em busca da reeleição, a governadora Yeda Crusius (PSDB) tenta fechar alianças com o PP e com o PPS. As dificuldades que enfrenta ilustram bem a natureza do problema das alianças mencionado acima. Diante do anúncio do acerto entre PSDB e PP para a aliança proporcional (Câmara dos Deputados e Assembléia Legislativa), o PPS ameaçou romper a aliança com os tucanos. A prioridade para o PPS é, ao menos, manter o tamanho de suas bancadas na Assembléia Legislativa (quatro deputados) e na Câmara Federal (um deputado). O presidente estadual do partido, Berfran Rosado, atual secretário do Meio Ambiente do governo Yeda, assegura que se o PSDB fechar a aliança com o PP, o PPS buscará outros partidos como PTB e PSB. O PP, por sua vez, que tem 150 prefeitos no Estado e mais de mil vereadores, não abre mão da aliança proporcional com o PSDB, pois também quer garantir a eleição de seus representantes, especialmente a do deputado José Otávio Germano, ameaçada pelo escândalo do Detran. O PTB, mencionado por Berfran como um possível aliado, lançou a candidatura do deputado estadual Luis Augusto Lara para o governo do Estado e acertou uma coligação com o DEM (que inclui a eleição majoritária e a proporcional). O PSB, outro cogitado pelo presidente do PPS, pretende confirmar o nome do deputado federal Beto Albuquerque para disputar o Piratini, com o apoio do PCdoB. O PT, por sua vez, gostaria de ter o PSB e o PCdoB ao lado da candidatura de Tarso Genro. E o PMDB conseguiu até agora apenas a definição do apoio do PDT que indicou o deputado federal Pompeo de Matos para ser o vice do ex-prefeito de Porto Alegre, José Fogaça. Também devem lançar candidaturas o PSOL (com Pedro Ruas), o PV (com Montserrat Martins) e o PSTU, sem excluir a possibilidade de outros nomes de partidos menores, mas que possuem segundos de propaganda de rádio e TV disputados a tapa pelos grandes partidos. A complexidade desse tabuleiro de siglas aumenta quando se considera a disputa presidencial. O que já está confirmado no Rio Grande do Sul é que PT, PCdoB, PSB, PDT e, ao menos uma parte do PMDB, devem apoiar a candidatura de Dilma Rousseff (PT). O PMDB, cabe assinalar, tem uma dimensão imprevisível, pois a definição do partido por Dilma em nível nacional não assegura um alinhamento direto aqui no Estado, onde há peemedebistas claramente pró-Serra. O candidato tucano, por sua vez, tem assegurados, no RS, os apoios do PSDB, DEM e, muito provavelmente, PP. Cogita ainda o apoio do PTB e do PPS. Este último estava praticamente assegurado, mas o problema causado pela aliança entre PSDB e PP pode provocar mudanças de planos. O certo é que, qualquer previsão, neste momento do jogo eleitoral, tem uma alta margem de erro, em função da própria dinâmica do jogo. O movimento de uma peça pode provocar mudanças em todo o tabuleiro.

Um comentário:

Vera Spolidoro disse...

O Marco Wiessheimer realmente fez uma matéria interessante. Longa vida ao Sul 21!