Lulistas e serristas travam mais um embate judicial após o programa do DEM. O que alimenta a disputa eleitoral como ação apaixonada entre militantes, reforçando a eleição plebiscitária. A campanha antecipada acabou tornando a legislação eleitoral uma chacota, onde cada partido aguarda o descumprimento pelo outro para criar um "fato político" novo (útil em período de notícias requentadas).
A quem esta trama favorece? Aos próprios candidatos quem não necessitam apresentar programas e propostas. Este "ativismo judicial" ou a disputa política a partir da arena do judiciário, esvazia a política. O judiciário torna-se um palco da Era do Espetáculo. Tal situação contamina a prática política a ponto das lideranças armarem seu jogo a partir deste espetáculo.
Seria mais prudente e lógico se o caminho fosse o inverso. Que a legislação obrigasse os partidos a fazerem consultas de base, envolvendo seus filiados e até mesmo não filiados. E abrisse a campanha logo no início do processo de discussão. Porque quando chegarem as convenções de junho, todos já saberemos quem são os candidatos. As convenções serão apenas um palco para a imprensa. Mais um espetáculo sem funcionalidade democrática alguma, mas uma mera peça de marketing. O que esvazia ainda mais o poder e o papel do cidadão-eleitor.
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