Alguns jornalistas estão propondo um bom debate (via twitter) a respeito do vínculo entre a liberdade de opinião individual de um jornalista e a liberdade da empresa jornalística demitir o seu contratado. A questão tem relação direta com a demissão do editor da National Geographic que criticou a Veja no Twitter. Trata-se de uma questão ética.
A questão é a seguinte:
a) A liberdade de imprensa é da empresa de comunicação apenas?
b) O jornalista, ao postar opiniões em redes sociais, não pode expressar opinião própria?
c) Por ser empregado, o jornalista segue a linha editorial de sua empresa?
d) O que seria, na prática, vínculo entre empresa e jornalista?
e) Se não há vínculo em espaços privados que o jornalista participa, por que a empresa tem a liberdade para demitir?
2 comentários:
Na minha opinião, a National Geographic errou ao demitir seu editor. Afinal, bastaria uma retratação pública afirmando que o discurso do editor não reflete necessariamente a opinião da empresa - Como se "VEJA" fosse sã, neste aspecto de leviandade.
A meu ver, o debate seria sobre liberdade de expressão, já que, ao que parece, o jornalista opinou como usuário do twitter e não no exercício da profissão. Esse detalhe é importante porque induz a muitos e sérios erros. O maior deles, creio, foi o cometido pelo STF que, vergonhosamente, misturou esses dois conceitos e o utilizou contra a exigibilidade do diploma de jornalismo. No mais, concordo com você, Rudá, quando diz que o debate seria sobre ética. Eu mesma me enquadro aí. Sou jornalista concursada de uma instituição pública, discordo dos atuais ocupantes do Governo do Estado e não expresso essa minha posição em meu blog. Mesclam-se aí ética e temor de represálias.
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