Os jogos do Timão (de um lado) e do Santos (de outro) revelam como futebol é tudo, menos lógica. O Timão jogou uma bolinha pequena e acabou ganhando, subindo para o G4. Já o Santos, jogou com rapidez e garra e ficou no empate com a Portuguesa (o segundo time de todo paulistano).
Aliás, como corinthiano, estou com duas frustrações: o Timão que não embala e não convence e a administração do Beluzzo no time dos porcos. Eu torcia (escondido) pelo Beluzzo.
3 comentários:
Saudações, caro Dr. Rudda Ricci!
Eu sou Tarcio Cardoso, cidade de Murici dos Portelas - PI, região do Meio Norte.
Trabalho na Secretaria Municipal de Educação deste município, agente administrativo. É a primeira vez que participo do seu blog, e com grande entusiasmo!
O intetesse surgiu por acaso, ou outro motivo qualquer, mas o é certo que costumeiramente assisto o Jornal Nacional, quando exibem uma reportagem voltada para Educação do Brasil, e vendo -o no cerne da reportagem, um sociólogo especializado em Educação, expondo sua análise e idéias de forma objetiva, coerente e por meio uma de linguagem sem rebuscamento. Obrigado pela contribuição!
Se possível gostaria que me respondesse, falando da função do sociólogo no atual contexto socioeconômico e político. O mercado de trabalho, ainda, está favorável para este tipo de profissional? Quais os desafios do futuro?
Um abraço! e obrigado pela atenção.
E-mail: jtarcio1980@gmail.com
Twitter: http://twitter/jt_cardoso
Professor Rudá,
será possível uma resposta aberta? Acontece que tenho planos de cursar uma outra graduação ou um outro curso que eu possa aproveitar a minha graduação, sendo a sociologia uma área que tenho bastante interesse.
Sendo assim, a sua resposta ao piauiense útil será também para mim.
A resposta é complexa. Vamos por partes:
a) Desde a superação do fordismo para o que se denomina acumulação flexível (final dos anos 80 para 90), é muito difícil trabalhar com profissões de sucesso e superadas;
b) Vou dar um exemplo: logo após as mudanças de perfil do mercado com introdução de novas tecnologias de comunicação e produção, havia um cálculo nos EUA que 90% dos trabalhadores da área de administração que perderam emprego nos anos 90 nunca mais retornaram à função anterior. Imaginava-se que esta profissão estava em vias de extinção. Hoje é um dos cursos mais concorridos;
c) o que se sabe é que atividades rotineiras e pouco criativas estão fadadas à extinção. Não necessariamente em função da baixa qualificação (emprego no comércio varejista é uma das mais concorridas porque não consegue ser substituída por máquina). Também sabemos que a fase das especialização única acabou: hoje, são 7 especializações para cada trabalhador;
d) Dito isto, o mercado para o sociólogo é amplo, desde que incorpore outros conhecimentos. Vou dar exemplo: na área de consultoria, os sociólogos estão em alta. Se combinamos sociologia com educação e desenvolvimento territorial e, se possível, com noções de análise institucional, temos um super-consultor que dá soluções para diversos problemas para órgãos públicos e privados;
e) já no mundo acadêmico, acredito que como mercado está sendo superado. Ele é, hoje, utilizado por muitos como trampolim para mercados que valorizam mais nosso conhecimento. Foi-se a época em que se pagava bem e havia liberdade e rigor profissionais. Hoje, o mundo acadêmico paga muito pouco, exige muita ação burocrática e não possui muito rigor em virtude do acelerado tempo de permanência de um educando, mesmo na pós-graduação. Existem ainda alguns núcleos ou centros de estudo nas universidades que têm vida por ato heróico de algum expoente do mundo da investigação científica, mas não fruto de uma política institucional. Nossas universidades, com pouquíssimas exceções, não possuem projeto estratégico, nem acadêmico e muito menos pedagógico.
Nós, sociólogos, somos muito respeitados neste momento. Principaalmente quando assumimos a postura clássica, de profissionais do desencanto.
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