É sabido que os institutos de pesquisa ajustam suas análises na medida em que as eleições se aproximam. Ocorre uma espécie de convergência dos índices, pouco a pouco. Mas o caso do presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro (foto), entrará para os anais da futurologia política do país. Destaco, abaixo, o "ajuste" ao IG (disponível no Último Segundo):
Um dia antes, havia declarado ao Blog dos Blogs e à coluna Coisas da Política do Jornal do Brasil: “Tudo indica que Dilma Rousseff chegará ao final da campanha com cerca de 15% a 17% dos votos. O favorito continua sendo o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). E, se ninguém mais se projetar, é grande o risco de a eleição ser decidida no primeiro turno. O Ciro Gomes (PSB), por exemplo, sai com 14%, mas pode acabar com 6%, 5%, 4%.”
Na sexta-feira a reportagem do iG ouviu Montenegro sobre suas previsões do passado e a pesquisa atual. “Eu não acredito que disse aquilo. Deve haver algum engano. Numa eleição polarizada, com praticamente dois candidatos apenas, como é que eu poderia achar que a Dilma pararia em 20%? Até o Alckmin teve 40% contra o Lula...”
Pois é.... ninguém acreditou. É um pecado sem perdão um analista política e pesquisador torcer por um lado. Deixa de ser investigação e passa a ser verificação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário