domingo, 10 de agosto de 2008

O embate sindical no Brasil


Waldemar Rossi, coordenador da Pastoral Operária de SP, fornece um informe preocupante. Suas palavras:
"a) Segundo notícias que nos chegam de São José dos Campos, no último final de semana (dia 1 de agosto), uma assembléia de trabalhadores de empresas da construção civil que prestam serviços à REVAP (Refinaria da Petrobras) - que se realizava na sede da Conlutas daquela cidade - foi invadida por cerca de 60 homens armados, alguns encapuzados, gritando e ameaçando os presentes, inclusive com tiros. Móveis da sede e três veículos do Sindicato dos Metalúrgicos foram depredados. Documentos relativos à fundação da associação daqueles trabalhadores foram roubados, tais como a ata e a lista de presença.
b) A Construção Civil da mesma cidade tem sindicato de trabalhadores filiado à CUT, cuja ação negociadora da greve de 31 dias – 16 de maio a 16 de junho - foi rejeitada pelos trabalhadores, que criaram comissão de negociação própria. Pelos informes, o interesse de impedir a formação de uma associação dos trabalhadores das terceirizadas da Petrobras não interessa à CUT, às empresas e nem à própria Petrobras.
c) Existem duas entidades nacionais: Federação Única dos Petroleiros (FUP), ligada à CUT, e a Frente Nacional dos Petroleiros (FNP), formada por sindicatos que se desfiliaram da CUT em razão de sua adesão incondicional às políticas reformistas do atual governo. No caso das negociações com a Petrobras sobre os valores da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), a petroleira apresentou propostas diferenciadas para as duas entidades sindicais, sendo que para a FUP (CUT) os valores são mais baixos que os apresentados para a FNP."

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