quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Novo conceito: "redirecionamento da democracia"


Os golpistas da Mauritânia inovaram. Disseram que deram o golpe de Estado hoje para "redirecionar a democracia de seu país". Afirmaram, ainda, que lutaram até o momento por vias democráticas contra a deterioração do processo democrático do país, mas consideraram que já tinha alcançado "a consagração do poder individual e o predomínio da mentalidade do engano" (seja lá o que isto significar). O presidente da Mauritânia, Sidi Mohammed Ould Cheikh Abdallahi, e o primeiro-ministro, Yahya Ould Ahmed el-Waghef, continuam retidos pelos militares. Abdallahi ganhou as eleições de março do ano passado substituindo, ironicamente, uma Junta Militar. Os militares golpistas criaram um "Conselho de Estado" presidido pelo general Abdel Aziz e iniciaram contatos com embaixadores de países ocidentais, árabes e africanos, para explicar os motivos da tomada do poder. As tensões políticas começaram há cerca de três meses, quando um grupo de 39 deputados, a maioria deles pertencentes ao Pacto Nacional para a Democracia e o Progresso (PNDD-ADIL), dirigido pelo próprio Waghef, apresentaram uma moção de censura contra o governo.

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