quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Brevíssima análise sobre os partidos de esquerda


Os comentários ligeiros que fiz a respeito do PCB, PSOL e PSTU sugerem, ainda que superficialmente, as seguintes hipóteses de análise:
a) São partidos sem expressão popular, formados por defecções de outros partidos, a partir de lideranças de cúpula;
b) Seus vínculos são maiores com os debates externos ao Brasil. Quando definem uma pauta interna, espelham-se no debate externo. Não se trata de internacionalismo, mas dificuldade real em produzir uma leitura nacional. Esta dificuldade é herança das leituras do PCB, que nos anos 50 e 60 viram (só eles viram) estruturas feudais na economia tupiniquim;
c) A luta fraticida é permanente. Forma-se uma constelação de siglas que somente os iniciados compreendem. As diferenças internas são, quase sempre, definidas pela leitura que fazem sobre arco de alianças e sobre o processo revolucionário em curso (que define o arco de alianças). Quanto mais distante do ponto ideal revolucionário, menor é o arco de alianças proposto.

Enfim, temos um círculo vicioso que define o tamanho e impacto político dessas agremiações: dificuldade para ler o Brasil, parca inserção social, isolamento, luta fraticida, vínculos com organizações externas para garantir alguma legitimidade (já que internamente sua legitimidade é muito pequena) e, assim, leitura mais adequada ao mundo externo que à realidade brasileira, parca inserção social e assim por diante.

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