quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A necessidade de um bom partido conservador no Brasil


O Instituto Cultiva vem destacando, em suas análises de conjuntura nacional (www.cultiva.org.br) o fato de todos partidos à direita do espectro político nacional estarem absolutamente subordinados aos partidos mais liberais ou social-democratas. Algo inusitado na história partidária do país e que não tem relação com a realidade política (não partidária) do Brasil. Este é um dos temas de interessante entrevista de Wanderley Guilherme dos Santos (na foto) publicada na revista Desafios do Desenvolvimento, do IPEA (edição de junho, n.44). Santos destaca que o DEM não é acolhido pelas forças sociais conservadoras do país e que este fato desequilibra o jogo político e exige menos dos partidos instalados no poder. Afirma que não existiria uma agenda positiva das forças conservadoras, mas apenas reativa. E caminha, em sua entrevista, para uma dura crítica aos que denunciam os gastos públicos crescentes. Em sua entrevista, lembra que o PIB cresce mais que os gastos do Estado e que os quadros de carreira são diminutos para as exigências de serviço público. Destaca que há, sim, equívocos nos gastos, inclusive nas contratações, mas por força da herança patrimonialista e oligárquica, como o excesso de motoristas, vigias e ascensoristas no serviço público. Venho criticando certa confusão que Wanderley Guilherme dos Santos vem fazendo em seus últimos textos em relação à gestão participativa e democracia direta. Mas nesta entrevista, o sociólogo carioca acertou em cheio.

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