Art. 55 do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA):Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.Código PenalAbandono Intelectual
Art. 246 - Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar:
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa.
13 comentários:
em um país em que é comum se ver alunos da oitava série sem saber escrever, é o caso então de se enquadrar os secretários de educação, pois as crianças estão abandonadas e sem instrução primária.
E não um pai que tenta superar esta realidade. Este, no caso, deveria ser avaliado periodicamente, como é nos Estados Unidos, por exemplo.
Roderico,
1) Se a escola não ensina, temos que processar os governos, mas não fazer justiça com as próprias mãos;
2) Este pensamento é absolutamente egocêntrico e demonstra que os pais não querem educar, mas defender apenas seus filhos. Desconsideram o espaço público e a luta pelos direitos de todos;
3) Os pais não querem superar esta situação. Eles querem resolver sem critério, banalizando a educação que é uma profissão;
4) O grande problema da educação é o tempo: professores com jornadas triplas. Temos que implantar regime de dedicação exclusiva (por uma única escola) e escola em tempo integral;
5) Veja que temos conselhos escolares onde os pais poderiam participar, mas não participam na gestão das escolas.
Trata-se de puro egoísmo que deforma os adolescentes.
Vou dar mais um dado que a Globo não divulgou: os meninos desta família não conseguiram superar 65% nas provas aplicadas pelo governo estadual. Nem chegaram a 70%. O que demonstra que estamos trocando 6 por meia dúzia.
Infelizmente meu entendimento diz que estamos atrelados a uma sociedade em desordem neste Brasil.
Uma total baderna nos conceitos que trata dos direitos e deveres de um e de outro.
Um total desrespeito ao individuo e à sua individualidade.
Educação é um dever do Estado... ele cumpre? O que podemos fazer contra o descumprimento? Punir o Estado?
Exigir indenização?
Em parte, fiz o que o Cleber fez. Meu filho sempre foi odiado pelas professoras por falar direito desde pequeno, por ser bem educado no trato com as pessoas.
Ainda bem que não fui condenado a pagar uma multa de... quanto é mesmo??? R$68,00???
Que absurdo!!
Tanta coisa mais pra se fazer neste país e a justiça correndo atrás de um pai zelando por um ensino melhor para seus filhos!!
Com o devido respeito, Sr. Rudá, deveria V.Sa. rever seus conceitos:
1) Se a escola não ensina, temos que processar os governos, mas não fazer justiça com as próprias mãos;
Vc ta brincando, né???
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2) Este pensamento é absolutamente egocêntrico e demonstra que os pais não querem educar, mas defender apenas seus filhos. Desconsideram o espaço público e a luta pelos direitos de todos;
Levando em consideração o espaço público é que eles tomaram esta atitude!!
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3) Os pais não querem superar esta situação. Eles querem resolver sem critério, banalizando a educação que é uma profissão;
A educação ja esta banalizada, não é preciso eu, um reles leigo no assunto, pra te dizer isto.
Eles devem estar tentando resolver da maneira que o podem. Quem deveria ditar os critérios? O Estado, a Psiquiatria, a psicologia, a pedagogia? A polícia?? O Conselho tutelar??
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4) O grande problema da educação é o tempo: professores com jornadas triplas. Temos que implantar regime de dedicação exclusiva (por uma única escola) e escola em tempo integral;
Esta falha é do Estado, por que ele não toma as devidas providências? Porque não cobra estes mízeros R$68,00 de quem deveria promover a educação, segurança e saúde?
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5) Veja que temos conselhos escolares onde os pais poderiam participar, mas não participam na gestão das escolas.
Não participam porque não resulta em nada, as regras ja foram e estão ditadas de "lá de cima".
A gestão das escolas deveria ser responsablidade de gestores responsáveis, que pensem na educação seriamente.
A verdade educacional no Brasil é mais horrivel do que aparece nas reportagens.
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Trata-se de puro egoísmo que deforma os adolescentes.
Há anos atrás não deformava!!! Estranho.
Fui educado na base do estudou, passou... não estudou, reprovou!!!
Hoje quem manda "passar de ano" é o crime organizado, é o tráfico de drogas... vai confirmar isto nas EJA e escolas da periferia de qualquer grande cidade.
Sr. Rudá, quem teve a infeliz idéia de convidá-lo a dar palpite num assunto tão delicado, hein??
Mais uma vez, com o devido respeito, você poderia ter desperdiçado seu tempo e seus comentários de maneira mais proveitosa a um publico que lhe pagasse melhor!
Obrigado.
Vinícius Roland
Vinícius,
Antes de mais nada, assinalo seu primeiro erro: tratar esta questão de maneira tão emocional.
Se seu filho fosse atendido de maneira insuficiente num hospital, o senhor faria a operação em casa?
Se o seu prédio tivesse um erro de construção, o senhor construiria uma casa com suas mãos?
Se a polícia não consegue debelar o tráfico e a violência na sua rua, o senhor pegaria uma arma e sairia atirando?
Porque tudo isto que acabo de citar ocorre em nosso país, mas nenhum brasileiro desesperado faria justiça com suas mãos. Mas quando se trata de educação, ocorrem estas aberrações.
Pai não sabe educar formalmente. Nunca leu o que é uma avaliação, não sabe o que é currículo, não entende de metalinguagem, não sabe o que é porfólio, nunca ouviu falar em inteligências múltiplas, em transdisciplinaridade, e assim por diante. Por que querem se meter onde não têm competência alguma?
Eu estou evitando ser professoral e dar uma aula para o senhor entender que se trata de uma profissão. Mas está difícil.
Os liberais clássicos (não a esquerda) sempre afirmaram exatamente o que estou pregando: se o Estado não cumpre a função, deve ser questionado, inclusive judicialmente. Mas cada um fazer o que quer é barbárie.
Repense esta sua concepção autoritária, individualista e desagregadora. Seja mais solidário. Pense nos filhos de outros pais. E pense no seu país. O senhor só está pensando em sua família. E ainda fala em educação....
Caro professor Rudá Ricci,
Sou o pai dos garotos Davi e Jônatas. Réu no processo criminal movido pelo Estado de Minas Gerais documentado pelo JN de ontem. Sinceramente é difícil imaginar que o senhor creia em tudo que disse tanto na postagem inicial quanto nas respostas aos comentários.
Quanto às avaliações às quais os meninos foram submetidos, sugiro que se informe melhor. Se as mesmas provas fossem aplicadas para estabelecer o IDEB ele seria bem próximo de zero. Os testes continham questões abrangendo os 4 anos finais do ensino fundamental sendo 5 questões dissertativas em cada uma das oito provas, incluindo teoria de educação física, passando por história da arte e outras armadilhas. Entendo que deve ter sido procurado pela equipe da Globo na última hora, como nós fomos, e pode não ter tido tempo de pesquisar. Mas o senhor pode fazer isso agora antes de disparar críticas infundadas. Não tente aplicar remendo novo em tecido velho.
O senhor escreveu: “Repense esta sua concepção autoritária, individualista e desagregadora. Seja mais solidário. Pense nos filhos de outros pais. E pense no seu país. O senhor só está pensando em sua família. E ainda fala em educação....”
Saiba que meus filhos não são missionários. Eles precisam estar vivos e com suas faculdades intactas, para realmente serem úteis em vez de peso para a sociedade. Hoje há milhões de jovens dependentes das políticas sociais do governo. E agora, quem paga a conta? Entendo que queira, ou precise defender sua categoria. Utiliza alguns termos como: metalinguagem, porfólio, inteligências múltiplas, transdisciplinaridade. Mas que efeito isso tem tido na prática, além de impressionar os pais em reuniões e florear os projetos pedagógicos. O senhor tem muitos anos de escolaridade a mais que eu, que abandonei a sala de aula no primeiro ano do ensino médio. Mas convenhamos, que competências são tão indispensáveis para manter um sistema educacional que se encontra entre os piores do mundo com resultados cada vez piores? Os dados oficiais do SAEB e Prova Brasil estão disponíveis no site do INEP. É o próprio governo que atesta sua incompetência.
Por favor, à luz do artigo 246 do CP me responda:
1- O que significa a expressão: instrução primária?
2- Se a existência de justa causa descaracteriza o tipo penal, que causas poderiam ser consideradas justas?
3- Ensino obrigatório é o mesmo que freqüência à escola?
4- Os termos ensino e educação são sinônimos?
5- O senhor apóia a atitude do Estado, condenando pais responsáveis que, exercendo seu direito, escolhem um meio que crêem ser mais eficaz para educar seus filhos?
A seu inteiro dispor,
Cleber Nunes
Prezado Senhor Cleber,
Lamento que tenha entrado de maneira tão desavisada nesta situação. Como pai, imagino que o fez com a melhor das intenções. Mas errou. E errou por desconhecimento de uma discussão imensa que envolve os direitos das crianças e adolescentes e educadores deste país desde os anos 80.
Acredite que eu não apenas escrevi com convicção plena, mas que sou um dos formuladores desta política em nosso país. Sou consultor em todo o país e no exterior para temas como este. Seu erro foi, me perdoe a sinceridade, grave.
Eu tive acesso às avaliações que seus filhos foram submetidos. Mas este é o problema menor (como se nossas avaliações fossem muito bem preparadas!!). O problema é que o senhor desconsiderou todos estudos e pesquisas sobre aprendizagem de crianças e adolescentes desde o século passado: Wallon, Vygotsky, Kohlberg, Piaget, até mesmo Melanie Klein, e tantos outros.
Para piorar, sem intenção (imagino), maculou minha profissão e de tantos outros educadores sérios do país, que pensam o que podemos fazer não apenas pelos seus filhos, mas por todos nossos filhos.
Caso queira discutir critérios de avaliação pedagógica, estou à disposição. Imagino que conheça as diferenças entre avaliações classificatórias e formativas (tema de tantos anos, envolvendo o mundo todo).
Os seus filhos podem não ser missionários, e possivelmente não o serão com esta educação absolutamente segregacionista, mas nós, educadores, somos. Porque queremos o melhor para os filhos que não são nossos.
Como o senhor parece não conhecer os esforços da área educacional em nosso país, simplesmente acredita que o SEU esforço é melhor que o nosso. Quanta arrogância! Posso citar milhares de exemplos bem sucedidos. Vá para Governador Valadares e veja a proposta de reforma educacional e de implantação da escola em tempo integral da rede municipal de ensino. Mas para que citar, senhor Cleber? O senhor já tem o vaticínio pronto, não se abre para o mundo, pensa que seu lar é o próprio mundo acabado e perfeito!
Por acaso sabe o que se faz na Finlândia, o melhor sistema público de educação do mundo? Obviamente que não.
Não só apoio integralmente a posição do juiz como divulgarei e articularei a rede de Centros de Defesa de Direitos da Criança e Adolescente do país para apoiarem nacionalmente esta decisão. Temos que lutar contra o egoísmo, a solução individual para problemas públicos. Esta é nossa função como educadores. Saiba que estamos atentos e faremos o possível para criar um país mais solidário e que pense publicamente. Volto a perguntar: se seu filho fosse atendido por um hospital e não dessem o atendimento que almejava, o senhor operaria seu filho em casa? Qual o motivo para desqualificar a profissão de educador desta maneira? O senhor carrega armas nas ruas e faz justiça com suas própria mãos em função da nossa polícia não gerar segurança?
Entenda: temos que construir um país. Temos que formar líderes e não apenas vestibulandos. O desafio é muito maior para quem pensa a educação.
Mas esta não é sua obrigação como pai. Esta é obrigação dos educadores. Daí pedirmos para não cometer estes erros, não tentar atalhos fáceis.
Coloco-me absolutamente à disposição.
DIGO ALÔ A TODOS. TAMBÉM SOU PAI E PASSO PELOS MESMO QUESTIONAMENTOS DE CLEBER...
NÃO SERIA SENSATO E PRODUTIVO, E TAMBÉM VEJO ISSO COM RELAÇÃO A CLEBER,DESPREZAR O PAPEL DA ESCOLA.
EU VEJO A POSIÇÃO DE RUDÁ RICCI, COMO EDUCADOR, OBVIAMENTE LOUVÁVEL. QUEM DERA TIVÉSSEMOS MUITOS OUTROS RUDÁS...
A QUESTÃO, PORÉM, NÃO É SÓ UMA QUESTÃO DE QUALIDADE DE ENSINO, MAS UMA OPÇÃO FILOSÓFICA DE UMA FAMÍLIA QUE TEM TRÁFEGO ASSEGURADO NA LIBERDADE DE IDÉIAS QUE, CREIO, TODOS ACHAMOS CONSENSUAL.
A ESCOLA TEM UM PAPEL A DESEMPENHAR E SE NÃO O FAZ BEM, SSO É OUTRO PROBLEMA. O BRASIL NÃO É A FINLÂNDIA; E SE EU VOU A AJUDÁ-LO A SE TORNAR, ISSO TAMBÉM É OUTRO PROBLEMA.
O SISTEMA DE ENSINO EM CASA NÃO FUNCIONARIA COM TODOS, É ÓBVIO, MESMO PORQUE NEM TODOS OS PAIS TERÃO A DISPOSIÇÃO DE PRATICAR ISSO, CONTUDO, NINGUÉM PODE, POR ISSO INVIABILIZAR A ATITUDE DOS QUE DESEJAM ISSO.
O CONCETO DE SOCIABILIZAÇÃO DA ESCOLA É MUITO QUESTIONÁVEL, E É AIQUE EU VEJO NA POSIÇÃO DE RUDÁ NUANCES DE NAZISMO QUANDO SE DISPÕES A PERSEGUIR A QUEM SE DIFERENCIA DELE... CLARO QUE SEI QUE É BEM-INTENCIONADO, MAS NESSA CIRCUNSTÂNCIA, ME DESCULPEM, NÃO POSSO SER PARTIDÁRIO, PORQUE SE TRATA DE RESGUARDO AOS MUROS FAMILIARES. AS PESSOAS TEM DIREITOS E COMO EDUCADOR, RUDÁ, PRECISARIA SER O PRIMEIRO A DEFENDER ISSO.
QUANDO FAZ CRUZADA CONTRA OS CLEBERS DA VIDA, AGE COMO UMA INQUISIÇÃO DO 'BOM CONCEITO' EM QUE ACREDITA.
SOU LEIGO E DE POUCA LEITURA, MAS L, RECENTEMENTE ALGUMA COIS DE ALEXANDER NEILL(CORAÇÕES E NÃO CABEÇAS NA ESCOLA). O AUTOR, ENTRE OUTROS CONCEITOS QUE PUDE ABRAÇAR, COMENTA O ESFORÇO DO SISTEMA EDUCACIONAL EM ARMAZENAR INFORMAÇÕES, EM DETRIMENTO DA REAL APLICABILIDADE DO ENSINO, E MESMO EM FUNÇÃO DO GRANDE NÚMERO DE ALUNOS, A DIFICULDADE EM LIDAR COM OS COMPLEXOS DO INDIVÍDUO ANTES DE QUERER TORNÁ-LO UM SUCESSO ACADÊMICO.
NÃO QUERO DIZER COM ISSO QUE OS PAIS DEVEM TIRAR SEUS FILHOS DA ESCOLA POR ISSO, MAS QUE O VOLUME DE INFORMAÇÃO É MENOS IMPORTANTE NO FRIGIR DOS OVOS...
ACREDITO, SIM, QUE SE HOUVER DISPOSIÇÃO NOS PAIS DE ABORDAR OS ASPECTOS PRÁTICOS DA VIDA COM SEUS FILHOS E PROMOVER A SOCIABILIZAÇÃO DESTES POR VÁRIOS MEIOS POSSÍVEIS, MESMO QUE NÃO A ESCOLA E AINDA AUMENTAR-LHES AS INFORMAÇÕES ESSENCIAIS DA VIDA, ESTÃO EXERCENDO PLENAMENTE SUA RESPONSABILIDADE COM AS CRIANÇAS, PORQUE NÃO? APESAR DE QUEALEXANDER NEILL NÃO CONCORDA COM ISSO!
POR MELHORES QUE OS RUDÁS SEJAM PROFESSORES, EXISTE UM DIREITO DE IR E VIR DE UM PAI NA DECISÃO EDUCACIONAL DE SEUS FILHOS; E NÃO PRECIS DIZER QUE ISSO É MUITO DISCUTÍVEL...
SE NOSSA FORMAÇÃO COMO INDIVÍDUO DEPENDE TÃO SOMENTE DE UM SISTEMA EDUCACIONAL PÚBLICO, O QUE QUEREMOS DIZER, RUDÁ? QUE SE NUNCA TIVEMOS UMA MATRÍCULA ESCOLAR, SEREMOS ALEIJADOS SOCIAIS? ISSO É DISCRIMINAÇÃO E PRECONCEITO! ME SOA HITLERIANO...
Antonio,
Nazismo? Há um pequeno exagero, não? Veja, o limite da democracia é a própria democracia. Não podemos, em nome da democracia, garantir espaço para quem a quer destruir. Explico: não posso dar o direito para a pregação nazista (para utilizar seu exemplo), em nome da liberdade, que justamente prega a destruição da democracia.
No caso, a homescholling é a antítese da escola. O que está em jogo é, em primeiro lugar, a existência das instituições educacionais. Em segundo lugar, o próprio processo de socialização como ato educacional. É evidente que a prática de ensinar em casa é um ato individualista, que limita a educação ao sucesso individual dos filhos. Não é bem educar, mas instruir. O fato é que se os pais desejam ensinar seus filhos, o que os impede de fazê-lo, mesmo que os filhos estejam cursando uma escola? Por qual motivo devem retirar os filhos da escola, substituindo um ao outro?
Esta defesa radical do direito individual demonstra o quanto a classe média brasileira é individualista e ansiosa, sem qualquer preocupação com os direitos coletivos (os políticos e sociais, por exemplo).
ACHO QUE NÃO FUI SUFICIENTEMENTE ENFÁTICO QUANDO AFIRMEI NÃO DESEJAR O FIM DAS ESCOLAS, MESMO PORQUE, APESAR DE SER UM PROBLEMA MEU ENQUANTO INDIVÍDUO SOCIAL, É SECUNDÁRIO PRA MIM, ENQUANTO A SERVIÇO DE MEUS FILHOS...
TIRAR OS FILHOS DA ESCOLA NÃO PODE SOAR INDIVIDUALISTA, EGOÍSTA OU OMISSO PORQUE SIGNIFICA APENAS, TÃO SOMENTE, UMA DECISÃO QUE SE LIMITA ÀS FRONTEIRAS FAMILIARES... NÃO POSSO LHE COMPREENDER. ACHO O NÍVEL DA ABORDAGEM DAS CAUSAS RUDIMENTAR: É ÓBVIO QUE, SE EU TENHO CONDIÇÕES DE DEDICAR-ME A INSTRUÇÃO DE MEUS FILHOS, ELES NÃO NECESSITARIAM MANTER FREQUENCIA EM ESCOLAS. OU TERIAM? POR QUAIS RAZÕES? AI VC VAI ME FALAR DA SOCIABILIZAÇÃO, QUE PARECE SER O ÚNICO ARGUMENTO DO SISTEMA EDUCACIONAL. ORA, A SOCIABILIZAÇÃO NÃO ESTÁ LIMITADA À ESCOLA. VIVÊNCIA SOCIAL É ESCOLHA E, NESSE NÍVEL, ENTRAMOS NA QUESTÃO SUPERIOR E DELICADA DO DIRECIONAMENTO FILOSÓFICO, OU MESMO RELIGIOSO QUE É CONSTITUCIONAL.
QUANTO AO SISTEMA DE ESCOLAS TORÇAMOS PRA QUE MELHOREM, MAS ME DÊEM O DIREITO DE ESCOLHER QUANDO E QUANTO ME ENVOLVER COM ELE.
DISCORDO QUE A QUESTÃO DESSE FORUM DIZ RESPEITO AO INCENTIVO DA EDUCACÃO INSTITUCIONAL, NA VERDADE, AQUI HÁ UMA QUESTÃO DE LIBERDADE DE ESCOLHA.
DE ONDE VC TIRA A CONVICÇÃO DE QUE TODOS DEVEM SER ADEPTOS DE UM SISTEMA QUE NÃO CRIARAM? NÃO SERIA ISSO UMA IMPOSIÇÃO?
QUANTO À SUA PERGUNTA SOBRE A RAZÃO PELA QUAL EU TIRARIA MEU FILHO DA ESCOLA, NO CASO DE EDUCÁ-LOS EM CASA, EU TENHO VÁRIOS, MAS PARA CITAR DOIS: O TEMPO E O DINHEIRO.
VC JÁ FEZ AS CONTAS DE QUANTO TEMPO E DINHEIRO MEUS FILHOS E NÓS NOS DISPOMOS SÓ PARA IR E VIR DA ESCOLA? TALVEZ PARA ALGUNS NÃO SIGNIFIQUE MUITO. EM ALGUNS CASOS ATÉ AGRADECEM POR SE LIVRAREM DOS FILHOS POR ALGUM TEMPO; MAS NO MEU CASO, É MUITO SIM. EU PREFERERIA USAR MEU TEMPO DISCUTINDO COM ELES UMA MELHOR MANEIRA DE ENXERGAR COISAS, PRA QUE TENHAM MAIS CONDIÇÕES DE DECIDIR O QUE É MELHOR PRA SUAS VIDAS; JULGO TER DIREITO A ISSO, EMBORA MO QUEIRAM NEGAR...
PARA COMPLEMENTAR MEU COMENTÁRIO. DEPOIS QUE ESCREVI ME CHAMOU A DIFERENÇA ENTRE OS TERMOS QUE ESTAMOS USANDO SOCIALIZAÇÃO OU SOCIABILIZAÇÃO. COMO LEIGO BUSQUEI NA INTERNET A DIFERENÇA E ACHEI ISSO:
Socialização é um substantivo derivado do verbo socializar e significa “desenvolvimento do sentimento colectivo da solidariedade social e do espírito de cooperação nos indivíduos associados; processo de integração mais intensa dos indivíduos no grupo”. Noutro contexto pode significar “apropriação pelo Estado dos meios de produção”.
Sociabilização provém do verbo sociabilizar que significa tornar sociável. Ou seja, sociabilização é o processo de tornar um indivíduo próprio para viver em sociedade.
COM ISSO POSSO ENTENDER MELHOR A NECESSIDADE TÃO PREMENTE ALEGADA PELOS PERSEGUIDORES DO HOMESCHOOLING...
MAS DISCORDO QUE ESTEJA DEIXANDO DE PARTICIPAR DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL EM MEU GRUPO.
NA VERDADE, PRECISAREMOS RECONHECER AQUI QUE NENHUM INDIVÍDUO PARTICIPA APENAS DA SOCIEDADE COMO GERAL. ISSO TAMBÉM, MAS ESPECIALMENTE QUANDO SE TRATA DE EDUCAÇÃO FAMILIAR, DIZ RESPEITO AO GRUPO SOCIAL EM QUE ELE ESTÁ INSERIDO, NO CASO DOS ADEPTOS DE UM JEITO PECULIAR DE LIDAR COM ISSO.
NÃO POSSO VER NISSO UMA OMISSÃO SOCIAL; PELO CONTRÁRIO,ISSO É UM TIPO DE RESPONSABILIDADE INDIVIDUALIZADA QUE BENEFICIA A SOCIEDADE COMO UM TODO.
Antonio Cleofas,
Considero seu raciocínio equivocado:
a) Educação não se resume à decisão familiar. Mesmo porque, família compõe a sociedade e não é, como se costuma dizer comumente, a célula da sociedade;
b) A educação é processo de socialização de regras sociais gerais e universais. Todo núcleo social fechado ensina regras vinculadas à sua história-memória e seus valores comunitários-familiares. Mas a organização societária é muito mais que isto. Ela não se pauta pelo afeto, mas pelo reconhecimento da ESPÉCIE HUMANA, em toda sua diversidade;
c) Esta, aliás, é a diferença entre moral e ética. Ética é reconhecimento e valorização da espécie;
d) A socialização não se limita à escola, mas à instituições públicas e não aos espaços de clã;
e) finalmente, socialização é um conceito histórico da educação. Perceba como você, ao desconhecê-lo, revela não estar habilitado para trabalhar nesta área.
ACHO QUE ESSE É O PONTO ESSENCIAL DO QUE DISCUTIMOS: ATÉ QUE PONTO QUEREMOS SER SOCIAIS? COM CERTEZA, TENHO O DIREITO DE PARTICIPAR SOCIALMENTE ATÉ QUANDO QUEIRA, DESDE QUE NÃO INTERFIRA NO BEM ESTAR DOS OUTROS, NÃO É ASSIM?
DEPOIS DO GRANDE SUCESSO DO DIREITO DE NASCER, PROTAGONIZADO NUMA SOCIEDADE NAZISTA,QUE DEFENDIA OS PRINCÍPIOS EDUCACIONAIS VIGENTES NA ÉPOCA, VEMOS AQUI UMA REEDIÇÃO COM NOVO NOME: O DIREITO DE SER...
ACHO O SEU PONTO DE VISTA,OUTRA VEZ, NAZISTA, QUANDO ME DISCRIMINA E ME EXCLUI: VC,DONO DA VERDADE, EU, LEIGO, NÃO SOU HABILITADO PARA DISCUTIR O ASSUNTO.
EM SEU UNIVERSO, A MINHA PARTICIPAÇÃO NA SOCIEDADE PREVÊ A ACEITAÇÃO DE TODAS AS SUAS CONVENÇÕES, MAS ONDE ESTÁ MEU DIREITO DE DISCORDAR E SER DIFERENTE? NÃO PREGAMOS, NA SOCIEDADE MODERNA A TOLERÂNCIA E A DIVERSIDADE?
EU TENHO REFERÊNCIA DE OUTROS EDUCADORES QUE CONSIDERAM A ESCOLA UM DEFUNTO NO FRIGORÍFICO E O FATO DE, PELO MENOS UM EDUCADOR CONCEITUADO ADMITIR ISSO, CONFESSO, ME DÁ ESPERANÇAS...
A QUEM INTERESSAR, SEGUE O LINK DE UMA OPINIÃO DIFERENTE:
(A QUEM PARTICIPA DESSA CONVERSA, NÃO DEIXE DE LER ESSA ENTREVISTA COM O EDUCADOR TIÃO ROCHA. SE O LINK NÃO FUNCIONAR COPIE E COLE NA BARRA DO NAVEGADOR)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u348104.shtml
Cleo,
Este é o problema: você não tem esta opção. vive em sociedade. se desejar não viver, terá que se isolar numa ilha ou numa montanha desconhecida. Seu raciocínio é o egoísmo absoluto. E tiro a conclusão que não teve educação, que significa processo de socialização. Daí sua mensagem ser prova que não poderia educar seus filhos em casa, justamente porque não tem a menor habilitação para socializar. Você não tem direito de participar da sociedade quando desejar. Você é obrigado. Por lei. É obrigado a votar, é obrigado a pagar imposto, entre outras obrigações sociais. E vivie em função da contribuição da sociedade para ter bens públicos que usufrui diariamente. O nazismo cresceu em virtude, justamente, do egoísmo e omissão de muitos. As convenções sociais, por sua vez, são um acordo social. Mas, para tanto, é necessário que pessoas como você se convençam que não são mônadas. Veja: você ocupa um espaço que não é aberto, mas eu abro para suas críticas porque é a única maneira de demonstrar o quanto seus argumentos são equivocados e contraditórios, o que ajuda a convencer muita gente. Utiliza um espaço coletivo para propor o egoísmo, o individualismo, achando que é um direito. Entenda: além do direito individual, existe o direito social e político. E a tradição grega sempre colocou o individual subordinado aos outros dois.
Finalmente: não escreva em caixa alta na internet (significa que está gritando, o que é falta de educação).
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