segunda-feira, 20 de abril de 2009

Ainda sobre "Entre os Muros da Escola"


Duas questões me vieram à cabeça após assistir o filme, ontem:
1) A questão do conflito multiracial é o tema forte. Para nós, brasileiros, é um pouco difícil entender o estranhamento que aparece no filme. Não que não tenhamos racismo no Brasil, mas ele se manifesta de outra maneira. O fato é que a França está colhendo os frutos da "colonização" de países como: República Melgaxe,Ilhas Camoras,Congo,Gabão,Camarões,República Centro Africana,Chade,Benin,Togo,Mali,Mauritânia,Guine-Coracri,Gâmbia,Senegal,Argélia,Marrocos,Ilha Reunion,Costa do Marfim,Burkina Faso,Niger,Tunisia,Djibuti,Madagascar,Ilhas Mauricio,Ilhas Seychelles. O islamismo já é a segunda religião na França. Esta questão não envolve apenas a França. O Reino Unido "colonizou" a Rodésia,Zimbábue,Zâmbia,Tanzânia,Lesoto,Malavi,Serra Leoa,África do Sul,Uganda,Quênia,Somália,Nigéria,Gana,Sudão,Namíbia e Botsuana. A Itália "envolveu" a Somália Italiana,Abissínia(Etiópia),Eritréia,Líbia; Portugal "colonizou" Moçambique,Angola,Guiné Portugal,Cabo Verde,São Tomé (em Lisboa, no Largo do Rocio, percebe-se claramente o desastre que foi tal neo-colonização para vários povos da África e as TVs portuguesas acusam o golpe com muitos documentários a respeito);

2) Há uma espécie de retorno ou valorização ao documentário, nos últimos anos. "Palavra Encantada" com flash da MPB em várias décadas é um exemplo. Entre Muros e alguns filmes recentes adotam um nítido estilo de documentário. Possivelmente, a realidade é mais chocante e estranha que a ficção consegue atingir, neste momento.

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