quarta-feira, 15 de abril de 2009

O terror no recreio/intervalo de aulas


Desde o ano passado iniciei uma campanha pela reconstrução do projeto de recreio (ou intervalo) de aulas nas escolas de ensino fundamental. Todos sabemos a tortura e humilhações que muitos alunos sofrem ao serem "despejados" nos pátios onde ocorrem os intervalos. Este é o momento em que ocorrem, também, as manifestações de solidariedade e paixão, tribos, "ficantes" e namorados. A escola Independência, em Sarandi (PR), decidiu diminuir alguns minutos de cada aula para ampliar o tempo de recreio e instalar projetos lúdicos e pedagógicos (oficinas) que passam a acompanhar e estimular iniciativas grupais dos alunos.
Agora temos uma pesquisa importante que embasa estas iniciativas. Segundo pesquisa do PNUD, ainda em fase de desenvolvimento, estudantes brasileiros têm medo da hora do recreio. Isso porque o intervalo deixou de ser um momento de lazer e deu espaço à violência, à intimidação e ao bullyng (atitudes agressivas, intencionais e repetidas praticadas por um estudante contra outro).
Em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, onde estive ontem para dar uma palestra sobre sistema de ciclos para professores da rede municipal, discutimos justamente as peculiaridades das ações entre adolescentes.
Depois do enfrentamento do vestibular, acredito que esta seja um tema imporante para "aggiornamento" de nossas escolas públicas.

Um comentário:

Graziele Zahara disse...

Quando eu estava no jardim de infância tinha um colega magro e “enorme” com cara de bobo que passava o recreio com meia dúzia de meninos lhe dando safanões. Até que um dia, morrendo de dó – após falar com a tia e não resolver nada – resolvi ensiná-lo a se defender. Meu recreio nunca mais foi o mesmo, pois a partir daí ele queria bater em todo mundo, inclusive em mim.