quarta-feira, 8 de abril de 2009

FGV: Classes A,B e C sentem mais a crise no Brasil


As classes A, B e C foram as que mais sofreram com os reflexos da crise no Brasil nos primeiros dois meses do ano. De acordo com levantamento divulgado hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre setembro e dezembro do ano passado a chance de decadência de integrantes dessas classes para as D e E era de 2%, risco que saltou para 12% entre janeiro e fevereiro de 2009. A probabilidade de migração para baixo foi ainda maior para os indivíduos das classes A, B e C ocupados no setor financeiro. De acordo com a pesquisa - que usa como base os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE - entre setembro e dezembro de 2008 a chance era de 9% de queda. Já no primeiro bimestre de 2009, o risco atingia 13,5%. Movimento similar foi observado para os empregados da indústria, que viram suas chances de decadência aumentar de 2,7% para 4,1% em iguais períodos.
A crise pegou os indivíduos mais qualificados.

2 comentários:

AJOSP disse...

Ruda, não sei se esse conceito de classes se aplica mais nesse país. Tá tudo tão diluido. O fato que a classe A nunca será afetada por qualquer crise economica, porque são eles que as criam e as solucionam.

Rudá Ricci disse...

O conceito de classe social, neste caso, é o inspirado em Weber, distinto do de Marx. É um critério de renda somado ao de consumo e bens adquiridos. Neste caso, não há confusão e é possível distinguir claramente uma situação sócio-econômica de outra.