Apesar de ser muito crítico ao governo Lula e ao lulismo, o que me chama muito a atenção é a primazia da política, da habilidade política, na sua gestão. Confesso que não me agrada o racionalismo extremo, matemático, que já parece ter pronto o script para tudo e todos. Sinto que a soberba tecnocrática deste tipo de discurso e proposição é algo que afasta a política da compreensão e do cotidiano das pessoas. Lula erra profundamente em virtude da tutela e do espetáculo que destila em cada movimento. Mas faz da política algo compreensível para o brasileiro de qualquer origem e situação social, além de provar que a inteligência política é sempre um bem maior que qualquer construção matematicamente pensada.
Como filho de italianos, admirador de Maquiavel e Gramsci, não tenho como me furtar deste sentimento.
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