segunda-feira, 27 de julho de 2009
O último suspiro de Serra
Reproduzo artigo recente de Luis Nassif (O último suspiro de Serra) onde o argumento central é que a candidatura do governador paulista à Presidência da República naufragou. Vou destacar algumas passagens:
"1. O estilo autoritário-centralizador e a falta de punch para a gestão. O Serra do Ministério da Saúde cedeu lugar a um político vazio, obcecado com a política rasteira. (...)
2. Fechou-se a qualquer demanda da sociedade, de empresários, trabalhadores ou movimentos sociais.
3. Trocou programas e ideias pelo modo tradicional de fazer política: grandes gastos publicitários, obras viárias, intervenções suspeitíssimas no zoneamento municipal (comandado por Andrea Matarazzo), personalismo absurdo, a ponto de esconder o trabalho individual de cada secretário, uso de verbas da educação para agradar jornais. (...)
Acontece que Serra tem três trunfos que estão amarrando o PSDB ao abraço de afogado com ele. O primeiro, caixa fornida para bancar campanhas de aliados. O segundo, o controle da Executiva do partido. O terceiro, o apoio (até agora irrestrito) da mídia, que sonha com o salvador que, eleito, barrará a entrada de novos competidores no mercado. Se desiste da candidatura, todos os que passaram a orbitar em torno dele terão trabalho redobrado para se recolocarem ante outro candidato. Os que deram apoio de primeira hora sempre terão a preferência. (...)"
Achei a argumentação de Nassif muito frágil. Mas é uma tese instigante.
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