sábado, 8 de março de 2008

O vestibular e o menino de 8 anos


A história do menino de 8 anos que passou no vestibular de uma faculdade de direito em Goiânia é mais uma prova da bobagem que é o vestibular brasileiro. Ele foi bem na prova de redação, mas disse que "chutou" a maioria das questões fechadas. Uma maravilha. O pai deveria ser denunciado no Conselho Tutelar por expor uma criança à opinião pública. O menino ainda está se formando como pessoa. O fato é que o vestibular brasileiro não prova nada. Prova que quem faz as questões não entende de educação. Nos EUA, o processo de seleção é nacional e não por faculdade ou universidade. O candidato que provar que presta serviços à comunidade como voluntário, ganha pontos no exame. O Brasil já possui mais vagas que candidatos ao vestibular. As questões feitas nos vestibulares são péssimas, sem correspondência com o nível de desenvolvimento de um jovem de 17 ou 18 anos. Não avaliam o desenvolvimento integral do candidato, mas em especial sua capacidade de memorização, o que obriga o ensino médio a desenvolver técnicas de memorização baseadas na Escola Comportamental (de Pavlov e Skinner). Um horror para quem é educador. Para piorar, inventaram a tal "pegadinha" que é instrumento de quem não sabe fazer perguntas. A "pegadinha" ensina o jovem a desconfiar, a duvidar das intenções de quem lhe pergunta. Uma belíssima lição de imoralidade.

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