sexta-feira, 21 de março de 2008
Escola em tempo integral em São Paulo
A escola em tempo integral está banalizada no Brasil. É prevista na LDB e, nos países onde foi implantada, cria um trabalho de tutoria no segundo turno, onde alunos são atendidos individualmente ou em pequenos grupos, trabalhando questões pessoais e existenciais, ou trabalhando atividades solidárias, tendo como foco a formação moral. No Brasil, transforma-se em "escola integrada", onde o segundo turno é ocupado por um "shopping" de atividades desenvolvidas em conjunto com outras secretarias de governo (saúde, cultura, o que estiver á mão). Um absurdo pedagógico. Não é de estranhar, portanto, o levantamento realizado pela Folha com base nos dados do Saresp 2007 (exame aplicado pelo governo paulista) que revela que, das 60 escolas com período integral na capital, apenas quatro tiveram notas superiores às médias das demais unidades de suas regiões. Esses resultados referem-se à prova de matemática de 4ª e 8ª séries. O panorama foi semelhante em língua portuguesa. Conforme a reportagem, o programa Escola de Tempo Integral foi lançado no início de 2006 pelo então governador Geraldo Alckmin (PSDB) e elevou a jornada diária de cinco para nove horas. Ele é elogiado pelos educadores, porém é criticado pela forma como foi implementado. A principal reclamação é a de que não houve planejamento para as atividades extras nem uma melhoria da estrutura física das escolas.
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