quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Para não dizer que não falei do Brasil


Mesmo daqui do México, não posso deixar de comentar a triste história enredando Eduardo Azeredo. Ontem, recebi e-mail de amigos me relatando que um procurador-geral, desembargadora, juízes federais, jornalistas e ministro do TST são acusados por formação de quadrilha em Minas Gerais. Todos enredados num caso de proteção de Eduardo Azeredo. São membros do Judiciário Estadual e Federal, sendo o procurador Jarbas Soares, a desembargadora do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Márcia Balbino, o advogado e ex-juiz do TRE/MG, José Arthur de Carvalho Pereira Filho, o ministro do TST, Luiz Philippe Vieira de Melo Filho, os juízes federais do Trabalho Adriana Campos Souza Freire Pimenta e João Alberto de Almeida, o serventuário da Justiça Federal do Trabalho, Ricardo Lima, a oficial de Justiça Aline Lacerda Barbato Tanuri Roque, os jornalistas Geraldo Melo Correia e Américo César Antunis, além do ex-procurador do Estado de Minas Gerais Arésio Antônio D´amasio e Silva.
Estas "autoridades", em postos chaves das instituições democráticas, tramaram e desenvolveram uma atividade criminosa com tamanha sofisticação, que poderia servir de enredo para qualquer filme policial. Os "serviços" prestados foram da falsificação de documentos públicos até a perseguição e eliminação de opositores de Azeredo. A acusação é gravíssima e, se confirmada, revela que o PSDB inaugurou efetivamente os expedientes repetidos no governo federal. Enquanto o México procura se libertar do príismo (PRI, partido quase único do México que agora começa a se repartir em vários outros, ou ser substituído por um sistema partidário um pouco mais competitivo), o Brasil político parece desejar construir o seu priísmo.

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