segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ainda sobre Golpe de Ar

Daniel Estill analisa Golpe de Ar num texto cujo título é : a prosa como negação. Numa penada resume a narrativa do livro:
Essa narrativa-lamento é um traço de geração. De uma geração que aparentemente não sabe mais sobre o que escrever e dedica-se interminavelmente a buscar o fundo perdido de seus próprios umbigos. São narradores que ecoam romances das décadas de 50 e 60, as vozes da literatura noir, os romances beat, Bukowski, Henry Miller, Salinger e toda uma gente que, naquela época, atacava o status quo com seus livros sujos e inovadores. Atualmente, esse tipo de livro transformou-se no próprio status quo e esses mastroiannis e suas doces vidas nada mais questionam além de seu próprio vazio e falta de projetos reais de vida.

Achei que este parágrafo é muito generoso com o livro. Mas dá o tom da "passagem" sem destino que é este livro. Uma procura estética. E só.

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