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Que a grande imprensa lute pela liberdade de imprensa, até vai. Mas fazer editorial, como o Estadão fez hoje, cujo título é "O uso abusivo da ação popular" é, no mínimo, contraditório. Porque o argumento da defesa incondicional da liberdade de imprensa se baseia numa reprodução da leitura anglo-saxônica em que os possíveis excessos são punidos a posteriori, na justiça comum. Um exagero. Se um jornal é formador de opinião, um erro já teria feito o estrago que uma ação judicial não restauraria. Mas, vamos lá. Meu pai me ensinou que não se briga com a imprensa. Por coerência, contudo, o Estadão deveria acolher a ação popular com o mesmo diapasão. Ora, trata-se de um direito do cidadão. E direito nunca é abusivo.
Esse pessoal deveria se controlar mais. Ou abrir de uma vez o jogo. Não se trata de liberdade, convenhamos, mas de privilégios.
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