quarta-feira, 21 de julho de 2010

Escrita: o problema da educação brasileira

Artigo de Priscilla Borges revela que refletir sobre um tema, elencar argumentos e colocar as próprias ideias no papel é um dos maiores desafios dos brasileiros. Este problema eu mesmo percebi neste primeiro semestre, com alunos de primeiro período de direito e administração. É algo impressionante. Mas Priscilla se referia aos resultados do ENEM: a redação ainda é um bicho-papão para muitos. Entre as 50 escolas com pior desempenho no Enem em 2009, de acordo com ranking que considerou apenas os colégios que obtiveram médias globais (que considera médias das provas objetivas e da redação), 96% (48) ficaram com médias mais baixas quando a redação foi considerada. Entre as dez piores, a nota da redação foi a mais baixa entre todos os testes.
Este problema é antigo e é resultado de uma herança. Na concepção curricular anglo-saxônica, que heradamos dos EUA nos anos 50 e 60, a leitura era muito mais valorizada que a escrita. Isto porque seria necessário saber ler para fazer cursos de "reciclagem" nas empresas. Já escrever não interessava, tal como se depreende do homem-boi almejado pelo taylorismo.

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