domingo, 13 de abril de 2008

Desigualdade nos EUA


Do FINANCIAL TIMES, escrito por John Plender:
"A desigualdade econômica nos Estados Unidos alcançou o nível mais elevado desde aquele que ficou conhecido como o mais maldito dos anos: 1929. Nas principais economias dos países de língua inglesa as desigualdades de renda alcançaram extremos que não eram vistos desde a era de "O Grande Gatsby". Um dos maiores indicadores da desigualdade é o chamado coeficiente Gini. O número do Departamento do Censo dos Estados Unidos para este índice em 2005 foi, de acordo com Gary Burtless, da Brookings Institution, o maior já registrado, o que significa a existência de extrema desigualdade. Uma análise dos números do Departamento Congressual do Orçamento por Jared Bernsteins do Instituto de Política Econômica aponta para uma direção similar. Entre 1979 e 2005 a renda, antes do pagamento dos impostos, dos domicílios mais pobres aumentou 1,3% ao ano, e a da classe média cresceu 1% ao ano. Já a renda daqueles indivíduos que compõem o grupo dos 1% mais ricos aumentou 200% antes do desconto de impostos e, o mais surpreendente, 228% após os impostos. O resultado desta distribuição desequilibrada do crescimento da renda foi que, em 2005, a renda média após o pagamento de impostos do grupo que compõem o quinto mais pobre da população era de US$ 15.300, a do quinto intermediário de US$ 50.200, enquanto a dos 1% mais ricos foi superior a US$ 1 milhão. Vendo a coisa sob um outro ângulo, em 1979 a renda pós-impostos dos 1% mais ricos era oito vezes superior àquela das famílias de renda média, e 23 vezes maior do que a do quinto mais pobre da população. Já em 2005, essas proporções aumentaram respectivamente para 21 e 70 vezes."

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