sábado, 12 de abril de 2008
Desigualdade na União Européia: emprego e estudo
A taxa de trabalhadores com título universitário que, três anos depois de formados, estavam empregados em níveis inferiores ao que corresponde o grau acadêmico, era em 1997 de 45% (no Brasil, o índice é 60%). Cerca de um terço dos formados em 1998, sete anos depois de terminarem os seus estudos, consideravam-se colocados em níveis inferiores (“Le Monde”, 28.03.06). O grau acadêmico continua a ser uma garantia para conseguir um trabalho. O desemprego é bem mais relevante entre os jovens sem qualificação: três anos depois de deixarem os estudos, a taxa de desemprego é de 30% para a geração de 1998 e de 40% para a geração de 2001. (“Le Monde”, 24.03.06). Na França, três quartos dos jovens desejam ser funcionários públicos. A função pública é um forte atrativo para os jovens, ainda que não seja pelo fato de representar cerca de 6 milhões de postos de trabalho. (“Le Monde”, 24.03.06). Entre os europeus, os franceses são os mais desfavoráveis à liberalização dos mercados. Segundo pesquisa da Universidade de Maryland sobre “Atitudes Políticas Internacionais” apenas 36% dos franceses responderam que o melhor modelo econômico é o “sistema livre da economia de mercado”, percentagem que na Alemanha atinge 65%, na Itália chega a 59%, no Reino Unido a 66%, nos Estados Unidos a 71% e na China a 74%.
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