sábado, 19 de abril de 2008

Alguns desafios do Paraguai


Amanhã, domingo, ocorrerão eleições que podem mudar o rumo da história política do Paraguai. A tensão é de tal monta que o favorito em todas pesquisas, o ex-bispo Fernando Lugo, partiu para a fronteira com a Argentina, tendo em vista o boato generalizado que sugere que o governo poderá fechar as fronteiras com Brasil e Argentina, impedindo a vinda de paraguaios que estejam em países vizinhos e que desejam votar. As eleições escolherão quem vai substituir Nicanor Duarte na Presidência do país nos próximos cinco anos, em um único turno. Mais de 2,8 milhões de eleitores irão às urnas, segundo dados da Justiça Eleitoral. A previsão é que o resultado oficial seja divulgado no dia 23 de maio. A posse do novo presidente será em agosto. Vale destacar alguns dados sobre o Paraguai:
1) Paraguai, assim como o Uruguai, reclamam medidas do Mercosul que sejam mais equânimes entre os parceiros. Citam que o Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (FOCEN), embora interessante, é tímido e pequeno;
2) A economia paraguaia é essencialmente agrícola, envolvendo metade da população do país, com destaque para as culturas da soja, milho, mandioca, cana-de-açúcar, banana e algodão;
3) O país possui deficiências estruturais graves, como transporte, falta de técnicos especializados e equipamentos mecânicos. O algodão não é beneficiado em função destas deficiências;
4) O setor industrial é praticamente dominada pelo segmento alimentício e de bebidas;
5) Um dos grandes temas de Lugo é o pagamento de “preço de mercado” pela energia vendida ao Brasil. Até 1970 a energia do Paraguai era originária de termelétricas, situação que foi alterada a partir da inauguração da usina hidrelétrica de Acaray. A partir daí, o país passou a exportar energia para o Brasil e Argentina. Com Itaipu (1984), o Paraguai tornou-se um dos maiores exportadores de energia elétrica do mundo.

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