
Diz Narcio que os mineiros não tem "a arrogância" de Xico; "A lição sabemos de cor,só nos resta aprender.Tem gente que ainda não aprendeu"
Que clima, heim?
Durante as duas extensas entrevistas que concedeu neste domingo, em Belo Horizonte, o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) admitiu, repetidas vezes, a chance de vitória da presidenciável petista Dilma Rousseff no segundo turno. Senador eleito pelo Estado, o tucano chegou a insinuar que pode liderar a oposição caso as urnas confirmem a vitória da candidata do presidente Lula. Aécio propôs, inclusive, uma revisão no seu partido. "O PSDB, qualquer que seja o resultado da eleição, tem que assumir de forma mais clara e explícita seu passado, sua história. Eu, por exemplo, tenho um orgulho enorme do presidente Fernando Henrique", afirmou. (...) "O que precisamos é unir as forças de oposição se perdermos as eleições e nos unirmos no governo, no caso de vencermos. O DEM é um aliado natural, mas temos que ampliar nosso leque de alianças". Mesmo dizendo que não se considera "condutor de nada" neste momento, Aécio Neves já anuncia que irá colocar sua capacidade de relacionamento e bom trânsito entre partidos de vários campos em torno da construção do tal processo de união. Ele também avisou que irá contatar senadores e governadores eleitos já nos próximos dias na intenção de apresentar uma agenda de reformas - como a política - para o Congresso. (...) Com o tom de quem não descarta o papel de protagonismo alocado em uma eventual oposição, ele defendeu que o próximo presidente deva pacificar o Brasil. "O presidente, qualquer que seja o eleito, deve estender a mão e chamar para uma grande convergência nacional aquele grupo que tenha perdido a eleição".
Em um almoço, hoje, ouvi de um dos maiores advogados e professores de Direito do país: é intromissão indébita Papa se imiscuir na eleição! Digo o nome deste admirável e admirado professor: Celso Antônio Bandeira de Melo. Que formou uma plêiade de advogados e grandes magistrados
A candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, manteve 12 pontos percentuais de vantagem sobre seu adversário no segundo turno das eleições, o tucano José Serra, segundo pesquisa realizada e divulgada hoje pelo Datafolha. Ela aparece com 56%, contra 44% do tucano. O resultado, em votos válidos, é idêntico ao registrado no último levantamento do instituto, realizado no dia 21. No total de intenções de voto houve leve oscilação: Dilma tem 49% contra 38% de Serra (na semana passada, a petista estava à frente com 50% a 40%). A segmentação dos resultados do novo levantamento mostra que não foi eficiente a estratégia de Serra de reforçar sua presença no Sudeste e no Sul do país, o chamado "cinturão tucano", onde teve votação expressiva no primeiro turno. No Sudeste, o tucano perdeu três pontos percentuais e agora é derrotado pela petista por 44% a 40%. No Sul, ele perdeu dois pontos percentuais, mas ainda vence Dilma --que cresceu dois pontos-- por 48% a 41%.
No Nordeste, ponto forte da petista, a distância entre os dois adversários, que oscilaram negativamente um ponto, ficou a mesma da pesquisa passada (37 pontos, ou 64% a 27%). Desta vez, foram entrevistados 4.066 eleitores em 246 municípios em todos os Estados do país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Pretendem votar em branco ou anular o voto 5% dos eleitores entrevistados (eram 4% no último levantamento), enquanto 8% dizem estar indecisos (contra 6% da última pesquisa).
Na volta a São Paulo, ficou famoso o jantar que Ruth deu ao casal francês. Afinal, Simone era um ícone das feministas depois de seus livros Memórias de uma moça bem-comportada e O Segundo Sexo, sucesso de vendas no Brasil (...). "Lá em casa preparei a sopa de mandioquinha, um prato muito apreciado por estrangeiros. toda orgulhaosa, trouxe a sopa para a mesa, mas a Simone começou;
- O que é isso?
Fica difícil explicar a mandioquinha, porém tentei. E ela:
- Tem cebola?
- Tem.
- Ele não pode comer.
- Tem não sei o quê?
- Tem.
- Ele não pode comer.
Uma coisa de mãe e filho, irritante. Uma chata! Onde estava a mulher que defendia os direitos dla mulher? Uma submissa?
A região onde a candidata do PT tem a maior vantagem em relação ao adversário tucano é o Nordeste: 64%, contra 27%. O Sul é a única região em que Serra tem vantagem sobre a petista: 47% a 39%. No Sudeste, onde está concentrada a maior fatia do eleitorado, ela venceria por 44% a 40%. Entre os eleitores de Dilma, 53% são homens e 46%, mulheres. Já Serra tem mais apoio entre mulheres (40%) do que entre os homens (36%).
Num momento em que temas religiosos ganharam destaques na campanha, a pesquisa aponta também que Dilma venceria o rival entre eleitores católicos (51% a 39%), católicos não praticantes (53% a 35%) e evangélicos (44% a 41%). Entre os eleitores que não têm religião, a vantagem da petista é de 46% a 38%.
RT @Bob_Fernandes: Vox Populi/ IG: Votos válidos Dilma 57 e Serra 43. Nos votos, totais, incluindo brancos e nulos, Dilma 49 e Serra 38.
Há um modismo na praça. Artificial. Utilizado, porém, por segmento específico do mercado eleitoral. Quando pessoas da classe média consolidada - a velha classe média - se encontram, um tema surge na conversa. "Campanha violenta, não?" Estas pessoas não saem do interior de suas casas. Consomem, contudo, doses cavalares de emissões televisivas. Envolvem-se emocionalmente com acontecimentos isolados e de nenhuma significação. São militantes verbais de um conflito que não existe. A atual campanha eleitoral desenvolve-se com normalidade surpreendente. Os candidatos se deslocam pelo imenso território nacional. São recebidos por seus correligionários, em número equivalente ao respectivo grau de simpatia. Nas ruas, militantes ou contratados exibem bandeiras de seus partidos e candidatos, uns próximos dos outros, entre sorrisos e sadias provocações. Nada que indique violência. Agressão ou desrespeito. Na verdade, segmentos remanescentes dos velhos quadros conservadores - reacionários que levaram Vargas ao suicídio - utilizam-se da tática do terror verbal para anunciar anormalidades que não existem. É louvável e salutar o comportamento dos eleitores, em todas as oportunidades. Portam-se com dignidade e recato cívico exemplares. Não usam insígnias ou quaisquer indicativos de opção partidária. Reservam-se para registrar suas opções pessoas na urna eletrônica. Quem viveu outras épocas e outras situações, conheceu violência contra a militância política. Nem sempre de natureza física, mas sempre presente a coação moral representada pelos órgãos de repressão de ditaduras. O temor das palavras proferidas e suas inevitáveis conseqüências: as perseguições de todas as espécies. Agora, os candidatos expõem - se assim quiserem - o próprios pensamento ou de suas agremiações partidárias. Ninguém o repreende. Só o eleitorado poderá definir se recebeu bem a mensagem ou a rejeitou. A onda de histeria, presente em diminutos setores, aponta para uma regressão ao passado, particularmente para os anos cinqüenta e sessenta, quando um ódio de minorias urbanas explodia contra políticos progressistas. É ingênuo este posicionamento. A sociedade avançou e um eleitorado das dimensões do brasileiro se movimenta com rapidez e busca os candidatos correspondentes às suas necessidades e conquistas. Sentir medo do novo é próprio do conservadorismo. Nada se mantém estático. Tudo evolui e a sociedade não é diferente. Avança e agrega sempre novos contingentes capazes de pensar e agir livremente. Nesta campanha, em vários momentos, retornou-se ao passado. Os chamados setores "bem pensantes" foram em busca dos argumentos mais heterodoxos. Nada abalou a tranqüilidade do eleitorado. A paz esteve presente em todos os movimentos eleitorais. Tudo correu com exemplar regularidade por toda a parte. Onde, pois, o fundamento para infundados temores? A concepção de artifícios recorda outros tempos, quando cartas falsas derrubavam governos. Na atualidade, as instituições funcionam com normalidade absoluta. Os encarregados de preservar a soberania agem com respeitabilidade exemplar. Só alguns, portanto, portadores de velhos hábitos golpistas, agora em desuso pleno, mostram-se amedrontados. Encontrarem violência onde apenas existem episódios próprios de campanhas extensas no tempo. Os candidatos estão esgotados e o eleitorado já massivamente decidido. Só resta aguardar o próximo domingo. Os agentes verbais de violências inexistentes devem - sem dureza - digitar o número de seu candidato. O erro de escolha, sim, indicará uma violência contra os próximos quatro anos. O resto é ficção.
A petista Dilma Rousseff, que lidera as pesquisas de intenção de voto para o segundo turno da eleição presidencial, também está em vantagem em relação a seu adversário, o tucano José Serra, quando o assunto é a disputa pelos governos estaduais. Dos 18 governadores eleitos ainda no primeiro turno, em 3 de outubro, 11 apoiam a candidata do PT. Os outros sete estiveram com Serra durante a campanha. Os aliados de Dilma venceram no Rio, com Sérgio Cabral (PMDB), e em alguns dos principais Estados do Nordeste, como na Bahia, onde o governador Jaques Wagner (PT) foi o mais votado, em Pernambuco, que reelegeu Eduardo Campos (PSB), e em Sergipe, onde o atual governador, Marcelo Déda, também conquistou mais quatro anos de mandato. Os tucanos, por outro lado, saíram-se melhor em São Paulo e Minas Gerais. Em São Paulo, Geraldo Alckmin retornou ao governo, e em Minas o ganhador foi Antonio Anastasia, sucessor de Aécio Neves. Outro trunfo do grupo de Serra se deu no Paraná, que elegeu Beto Richa, ex-prefeito de Curitiba. Restam ainda, porém, oito Estados e o Distrito Federal. Nestes locais, a exemplo do que ocorre na disputa presidencial, haverá segundo turno. Se os quadros apontados pelas pesquisas até o momento se concretizarem, Dilma deverá consolidar sua vitória na “batalha dos governadores”. Um dos quadros mais favoráveis para o PT é o do Distrito Federal. Lá, o candidato apoiado por Dilma, o ex-ministro do Esporte Agnelo Queiroz, mantém uma dianteira de quase 20 pontos. Um levantamento do instituto Ibope divulgado no último dia 16 deu a ele 53% das intenções de voto, contra 35% de Weslian Roriz, candidata do PSC. Em Roraima, o candidato do PP, Neudo Campos, também apoiado por Dilma, está nove pontos à frente do atual governador, José de Anchieta Junior, que é do PSDB. Pesquisa Ibope divulgada no dia 18 mostrou um placar de 50% a 41% a favor de Campos. No Piauí, o candidato do PSB, Wilson Martins, está à frente do tucano Silvio Mendes. O placar é de 53% a 42% das intenções de voto a favor de Martins, que tenta a reeleição e tem o PT em sua coligação. Os números são de pesquisa Ibope divulgada no dia 15. Na disputa pelo governo do Amapá, quem conta com o apoio de Dilma e do PT é o candidato do PSB, Camilo Capiberibe. A oposição tem chances de vencer na Paraíba, com Ricardo Coutinho, que é do PSB. Embora nacionalmente integre a chapa de Dilma, o partido se coligou no Estado ao PSDB de José Serra. (...) Em Alagoas, após um primeiro turno bastante acirrado, que deixou de fora o ex-presidente Fernando Collor (PTB), enfrentam-se agora o tucano Vilela Filho, atual governador, e Ronaldo Lessa, candidato do PDT, que tem o PT em sua coligação. Números do instituto Ibope divulgados no dia 21 apontaram a liderança de Vilela, com 48% da preferência do eleitorado, contra 40% de Lessa. No Pará, quem lidera é Simão Jatene, candidato do PSDB. Um levantamento feito pelo Ibope mostra o tucano com 54% das intenções de voto, contra 36% da petista Ana Júlia Carepa, candidata à reeleição. Em Goiás, a disputa é a mais equilibrada. De acordo com pesquisa Ibope divulgada no último dia 20, o tucano Marconi Perillo tem 48% das intenções de voto, contra 44% do candidato do PMDB, Íris Rezende, que conta com o apoio de Dilma e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (...) Em Rondônia, o candidato do PT, Eduardo Valverde, ficou em terceiro lugar e acabou fora do segundo turno, para o qual avançaram o candidato do PMDB, Confúcio Moura, e o atual governador, João Cahulla, do PPS. O PMDB, no entanto, integra a chapa de Dilma na disputa nacional.
Nego peremptoriamente ter recebido, de qualquer autoridade da República, em qualquer circunstância, pedido para confeccionar, elaborar ou auxiliar na confecção de supostos dossiês partidários. Não participei de supostos grupos de inteligência em nenhuma campanha eleitoral. Nunca, em minha vida, tive que me esconder.
A revista Veja, na edição número 2188 de 2010, afirma ter obtido o áudio de uma gravação clandestina entre mim e um ex-colega de trabalho. Infelizmente a revista se recusou a fornecer o conteúdo da suposta conversa ou mesmo a íntegra de sua transcrição.
Dediquei os últimos oito de meus 30 anos a contribuir para a construção de um Brasil mais livre, justo e solidário, e tenho muito orgulho de tudo o que faço e de tudo o que fiz. Trabalhei no Ministério da Justiça como Assessor Especial, Secretário de Assuntos Legislativos e Secretário Nacional de Justiça, conseguindo de meus
pares respeito decorrente de meu trabalho. Apesar de ver meu nome exposto desta forma, não foi abalada minha fé na capacidade de transformação de nosso país e tampouco na crença da importância fundamental de uma imprensa livre para o fortalecimento de nossa democracia.
Pedro Vieira Abramovay
Secretário Nacional de Justiça
"Assistimos a um deslocamento ideológico onde o PSDB passa a ocupar o lugar do DEM, e o PT o lugar do PSDB."
Em campanha pró-tucanos em Alagoas, o senador eleito Aécio Neves (PSDB) disse que o episódio envolvendo o presidenciável do PSDB, José Serra, e militantes petistas, acusados de jogar um rolo de fita crepe na cabeça de Serra, gera preocupações quanto ao clima pós-eleitoral. "Política é feita à base de conversas. Ninguém é meu inimigo", disse. "O que eu espero é que as lideranças tenham tranqüilidade neste momento". "Amanhã (depois da eleição) teremos que sentar com as lideranças do PT. Amanhã (domingo) iremos a Copacabana para um chamamento de democracia, paz, civilidade", afirmou o senador, referindo-se a um ato de campanha do PSDB na praia carioca, programado para este domingo.
Quando o perito apresentou sua “tese” no ar, a imensa redação da Globo de São Paulo – que acompanhava a “reportagem” em silêncio – desmanchou-se num enorme uhhhhhhhhhhh! Mistura de vaia e suspiro coletivo de incredulidade. Boas fontes – que mantenho na Globo – contam-me que o constrangimento foi tão grande que um dos chefes de redação da sucursal paulista preferiu fechar a persiana do “aquário” (aquelas salas envidraçadas típicas de grandes corporações) de onde acompanhou a reação dos jornalistas. O chefe preferiu não ver. A vaia dos jornalistas, contam-me, não vinha só de eleitores da Dilma. Há muita gente que vota em Serra na Globo, mas que sentiu vergonha diante do contorcionismo do “JN”, a serviço de Serra e de Kamel.
Relatório da Polícia Federal (PF), divulgado na quarta-feira (20), sinaliza que a montagem do chamado “dossiê tucano” foi acertada em 2009, em Brasília, quando o jornalista Amaury Ribeiro Júnior descobriu que o deputado Marcelo Itagiba (RJ) reuniu um grupo de espionagem, a serviço de José Serra, para devassar a vida do ex-governador de Minas Aécio Neves. Mas a documentação começou a ser reunida bem antes, no início de 2008, em Belo Horizonte. No primeiro trimestre de 2008, muito antes de se decidir sobre os possíveis candidatos à Presidência, o dossiê já era montado na capital mineira. A investigação do jornalista mirava as movimentações financeiras das empresas ‘Decidir.com’, com sede nas Ilhas Virgens, e Patagon, na Argentina. Repórter especial do jornal “Estado de Minas”, Amaury Ribeiro Júnior foi o responsável pelo levantamento, com base nos dados produzidos durante as investigações da CPI do Banestado, iniciada em 2003, sobre a evasão de divisas do Brasil para paraísos fiscais entre 1996 e 2002 – cerca de US$ 84 bilhões. Ainda no início de 2008, durante a produção do dossiê, Amaury Ribeiro Júnior manteve contato com José Serra, em São Paulo, depois de fazer todas as apurações das movimentações das duas empresas suspeitas de lavagem de dinheiro, e que pertenciam a Verônica Serra, filha de Serra, e Verônica Dantas, irmã de Daniel Dantas, dono do Banco Opportunity. Com o conhecimento do dossiê, Serra viajou para Belo Horizonte, onde participou das comemorações dos 80 anos do jornal “Estado de Minas”, em festa no Palácio das Artes para 2 mil convidados. Além dele, outro governador presente foi José Roberto Arruda, do Distrito Federal, cotado para ser o vice de Serra, indicado pelo DEM, numa chapa com o PSDB. Arruda acabou perdendo o seu mandato no ano passado, após série de denúncias contra seu Governo. Estava presente ainda seu vice, Paulo Octávio, que também caiu. O assunto dominante na noite foi o recado a José Serra dado, indiretamente, em discurso pelo diretor do jornal, Álvaro Teixeira da Costa: “Não mexa com Minas, que Minas reage” – referência à possível espionagem de Itagiba contra Aécio Neves. No final do ano passado, quando os nomes da corrida presidencial estavam praticamente definidos, o jornalista deixou o jornal. A notícia do dossiê chegou à cúpula tucana. O caso foi abafado. Com a documentação em mãos, Amaury Ribeiro Júnior se encontrou com Luiz Lanzetta, responsável, até então, pela coordenação de comunicação da campanha de Dilma Rousseff à Presidência. O encontro aconteceu em abril, em Brasília. Amaury confirmou que, durante o período em que ficou em Brasília, negociou com a equipe da pré-campanha de Dilma Rousseff. O jornalista ficou hospedado num flat e as despesas teriam sido pagas por “uma pessoa do PT” ligada à candidatura governista.