quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Cartão Corporativo: a vez de São Paulo


A história dos gastos execessivos de cartão de crédito do governo parece seguir os rastros do mensalão: governos do PSDB iniciam e os do PT completam a jogada. Luiz Favre escreve um pequeno relato do levantamento que fez sobre o gasto com cartão no governo Alckmin. O aumento de gastos com cartão, entre o governo Covas e o governo Alckmin foi de 672% (2001 e 2002). Favre conferiu o gasto de Alckmin, de 2002 a 2006. O resultado do levantamento foi:
a) Em 2003 a inflação foi de 9,3% segundo o IPCA cheio, já os gastos com os cartões de Alckmin aumentaram em 2003 em relação ao ano anterior em 41,30%;
b) Resultado do "choque de cartão" de Alckmin nos gastos com cartões corporativos no Estado de São Paulo: aumento de 144,99% entre 2003 e 2006;
c) No mesmo periodo a inflação acumulada foi de 28,2%. Ou seja cinco vezes acima da inflação nos gastos com cartão corporativo;
d) A titulo de exemplo, o aumento nos gastos dos cartões estaduais no ano de José Serra, 2007, foi de apenas 5,82% em relação ao ano anterior, um pouco acima da inflação do período;
e) Mas a herança "maldita" deixada por Alckmin para Serra, além dos gastos inflacionados que atingiram em 2006 mais de R$ 102 milhões (quase o dobro do governo federal no mesmo ano), é a explosão do numero de cartões nas mãos de funcionarios estaduais, muitos deles em cargos de confiança: mais de 40 mil, sem nenhuma transparência. Os gastos não podem ser controlados pela população, nem monitorados pela mídia (não tem portal de Transparência no governo estadual).

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