domingo, 3 de fevereiro de 2008

Cartão Corporativo no Governo Lula (3)


Cartão corporativo surgiu em 2001

O cartão corporativo foi implementado pelo decreto n° 3.892 de agosto de 2001 para facilitar os pagamentos de rotina das autoridades. O objetivo era descomplicar a vida dos servidores públicos. No entanto, o mecanismo tornou muito mais complexa a prestação de contas do dinheiro utilizado por eles. Hoje, existem mais de 13 mil cartões. Desde o lançamento, os gastos com o cartão crescem gradativamente, ano a ano, e já atingem cerca de pelo menos R$ 150 milhões. Apenas nos primeiros 30 dias de 2008, mais de R$ 6 milhões foram pagos.
Os cartões de crédito do governo servem para que servidores possam fazer pagamentos ou saques sem precisar de uma autorização prévia da União. Isso substitui o modelo de “suprimentos de fundos”, em que eram enviadas ordens bancárias para pagar as despesas. Mas esses documentos demoravam a ser emitidos e, assim, os servidores tinham que fazer freqüentemente uma “caixinha” para pagar as contas.
Com passe livre para sacar dinheiro ou fazer pagamentos, os gastos feitos por meio do cartão começaram a chamar atenção. A quantidade vultosa de gastos secretos também atrapalha a prestação de contas. Alguns dos dispêndios sigilosos, como os feitos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ainda são justificáveis. No entanto, até 2006, milhões gastos com os cartões da Presidência também eram protegidos por sigilo "para garantia da segurança da sociedade e do Estado".

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