A necessidade de mudança radical na estrutura de Estado

A história envolvendo Mares Guia é mais uma sinalização que a estrutura de Estado vinculada ao poder extremo à uma única pessoa é por demais perniciosa. As bajulações diárias e poder de decidir sobre a vida de muitas pessoas vão corroendo por dentro as posturas mais éticas. É quase impossível ficar absolutamente imune ao que denomino "corrupção moral". No início do ano, pequenos presentes (agendas, canetas) são distribuídos e avançam sobre o ano. Quando estive na prefeitura de São Paulo, até caixas de frutas importadas, flores e, comentava-se, carros eram ofertados. Carros, motoristas, várias secretárias, deferências, é assim que tudo começa. Parece pueril, mas é assim. Acredito que está chegando o momento de discutirmos como abalar esta estrutura. A figura imperial do ministo (assim como de secretários de governo) poderia ser substituída pela de colegiados paritários. O governante poderia indicar uma lista tríplice a ser aprovada por este colegiado. O controle social sobre a gestão diária seria mais eficiente. Penso em algo similar à estrutura partidária nacional, composta por diretórios que ficam acima das executivas. Temos que pensar numa solução concreta.