sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Abaixo da linha da cintura
FHC é o típico saudosista do futuro perdido. Tenta, na base da força, emergir da queda livre e forçar uma liderança que o próprio PSDB já caminha para se libertar. Mas continua insistindo. Durante o encontro do PSDB, o ex-presidente teria ironizado a falta de formação acadêmica de Lula. "Aqui tem acadêmicos, não temos vergonha disso. Aqui tem quem fala e bem a nossa língua e nos orgulhamos disso. Há brasileiros que ainda não sabem bem falar a nossa língua. Tem gente que despreza a educação, a começar pela própria", disse FHC. Ora, o que ele sugere é o elitismo na política, que já se revelou profundamente pernicioso à vida pública do país. Não existe relação alguma entre bom governo e formação acadêmica do líder. A relação é de boa liderança e representatividade, bom senso e equilíbrio. Aliás, algo que Weber, muito lido por FHC, sempre destacou. Maria Sylvia Carvalho Franco já escreveu, um dia, que FHC não leu corretamente Weber. Mas poderia fingir, ao menos.
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