sexta-feira, 16 de novembro de 2007

IPEA


Algo de estranho paira no ar. Quatro economistas do Instituto de Pesquisas em Economia Aplicada, órgão ligado ao governo federal, foram afastados. Os pesquisadores são considerados não-alinhados ao atual pensamento econômico do governo. As demissões trazem consigo algumas situações inusitadas e estranhas. Primeiro: o presidente do Ipea, o economista Márcio Pochmann, não possui perfil para desencadar uma "caça às bruxas". Segundo: apesar disto, o grupo de análise de conjuntura não poderá fazer recomendações públicas de política econômica e o Boletim de Conjuntura da instituição será extinto. João Sicsú, da UFRJ, substituirá o diretor de macroeconomia, Paulo Levy. Fábio Giambiasi, muito criticado por ongs e movimentos sociais brasileiros (alguns dizem que virou a casaca teórica e aderiu à linha neoliberal) será substituído, possivelmente, por Miguel Bruno. Aos poucos, a PUC-RJ e FGV-RJ, que comandaram parte da política econômica e análises econômicas do governo FHC e primeira gestão de Lula, vão sendo substituídos por quadros da UFRJ, UFF, Cândido Mendes, FGV-SP e Unicamp.

Nenhum comentário: