segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Reforma Agrária no governo Lula


O governo Lula teve em 2007 o pior ano em desapropriações de terra para a reforma agrária, segundo levantamento da Folha de S.Paulo. Somente 204,5 mil hectares foram desapropriados no ano passado, área suficiente para assentar cerca de 6 mil famílias. O número representa pouco menos de um terço da média anual de 682,5 mil hectares do primeiro mandato (2003-2006). Na comparação com 2006 (538,6 mil), a queda é de 62%. O principal motivo, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, é a não atualização dos índices de produtividade, instrumento que poderia fazer crescer a quantidade de imóveis rurais considerados improdutivos. A reforma agrária é outra das políticas petistas abandonadas no governo Lula.

2 comentários:

Maricr disse...

Adorei me informar sobre isso, mas por acaso existe masi alguma coisa que o governo possa fazer para acabar com a concentração de terras nas mãos de poucas pessoas??

A ciência sociológica - seg. comte disse...

Como dizia caio prado junior, a reforma agrária no Brasil, muito depende do desvenciliamnto que deve ser feito pelo governo atráves de uma política de separação entre a estrutura econômica e a superestrura incluindo o estado. Fica bem claro que trata-se de uma luta que está basicamente ligada à ausência de uma política trabalhista no campo que regule as relações entre trabalhadores e latifundiários. Acredito também que o agronegócio é uma grande possibilidade de solução efetiva da questão agrária no Brasil, na medida em que propõem o crédito agrário à camponeses sem terras em conjunto com uma assistência técnica efetiva para o desenvolvimento de uma agricultura voltada a abastecer o mercado ineterno, uma reconfuguração do modelo exportador atual. Essa estratégia irá certamente diminuir as migrações para as grandes cidades, cerne do inchamento das mesmas e do crescimento desordenado das favelas. trata-se um problema social cuja raiz se encontra justamente nos elementos citados: 1. a concentração da terra nas mãos de poucos 2. a falta de uma política de desapropriação e reedistribuição de terras desapropriadas 3. a criação de uma infraestrutura condizente com a natureza do problema para atender efetivamente os camponeses contemplados com essa política de desapropriação