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Comecei a ler este último livro de Wanderley Guilherme dos Santos. Já no Prólogo, ele questiona alguns riscos da "sedutora" democracia direta: a) as plenárias nem sempre apresentam argumentos que justificam as decisões; b) não existe contraditório (ou o contraditório é esmagado pela maioria); c) não há como recorrer das decisões plebiscitárias já que os perdedores se tornam derrotados absolutos (ao contrário do parlamento, onde há possibilidade de revisões). Acredito que Bobbio já havia afirmado e aprofundado este tema. Ele dizia que os males da democracia direta são combatidos pela democracia representativa e vice-versa. O que me incomoda no livro de Santos é a escrita hermética. É possível escrever fácil, embora o pensamento seja difícil. É uma escolha política.
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