FALTA DE CARÁTER
O ato de Robinho entregando uma camisa da seleção personalizada para o jornalista Alex Escobar - tão competente quanto simpático - é um daqueles gestos que fala sobre a fragilidade do caráter humano. Ou pelo menos, sobre Robinho.
Fica evidente que Robinho está dizendo o seguinte: eu não tenho nada a ver com a briga do "professsor" Dunga com o Escobar. Ora, por que não disse antes? Por que não teve uma atitude digna, uma atitude de homem e disse que discordava de Dunga chamar Escobar de "cagão de merda". Robinho se calou, avalisou o que o anão fez e agora tenta se diferenciar. Uma falta imensa de personalidae, uma atitude de quem deseja estar de bem com o patrão.
E o patrão da seleção não é Escobar. É o patrão do Escobar. É a TV Globo. E a entrega da camisa significa a volta da seleção às mãos da Globo.
Na sua insanidade fanático-religiosa, no seu desvario de imaginar como um grande líder, um Simon Bolivar, um caudilho de Ijuí, Dunga teve a sensatez da coerência. Juntou seus meninos religiosos sob sua saia e não deixou que ninguém falasse com ninguém. Igualou a Globo ao Imparcial, de Aguaí.
Tinha lógica. E, se foi grosso e cretino com Escobar, não podemos esquecer que estava sob pressão. Por que Escobar não fez nenhuma pergunta na coletiva em que foi humilhado por Dunga? Porque não estavav ali para fazer pergunta. Estava ali para tentar furar o bloqueio e levar algum jogador para o Fantástico. Contava com a colaboração do ex-namorado da Maitê Proença, essa débil mental.
Dunga reagiu. Depois, pediu desculpas.
Para a Globo não basta.
Para os empregados da Globo, também não.
Muitos repórteres que estavam lá não tiveram a coragem de reagir à Dunga.
Não levantaram a voz em favor de Escobar.
Todos se calaram. E agora, dizem que a seleção vive em paz.
É lógico. Ela voltou a pertencer ao patrão. À quem lhes paga salário.
A seleção é companheria de trabalho. Por isso, criaram coragem para tripudiar sobre Dunga. Que foi um mau técnico, deixo bem claro.
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